Connect with us
SCTODODIA

SCTODODIA

‘Se soubéssemos, teríamos feito sustentação oral’, diz advogado de Clésio Salvaro

Kelley Alves

Kelley Alves

‘Se soubéssemos, teríamos feito sustentação oral’, diz advogado de Clésio Salvaro

Imagem (ilustrativa): Arquivo pessoal

‘Se soubéssemos, teríamos feito sustentação oral’, diz advogado de Clésio Salvaro

A defesa de Salvaro decidiu não fazer a sustentação oral para acelerar o julgamento

Publicidade

Após o adiamento do julgamento que pode determinar a liberdade do prefeito Clésio Salvaro e outros 16 réus da Operação Caronte, o advogado de Salvaro, Giovanni Dagostin, concedeu entrevista à Rádio Cidade, onde esclareceu a estratégia adotada pela defesa e os desdobramentos do pedido de vista.

A defesa de Salvaro decidiu não fazer a sustentação oral para acelerar o julgamento, permitindo que, caso a prisão fosse mantida, pudessem recorrer rapidamente ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). No entanto, o pedido de vista do desembargador Antônio Zoldan da Veiga pegou a defesa de surpresa e adiou a decisão.

“Nossa avaliação foi positiva, pois os advogados dos sete primeiros presos em agosto puderam expor as controvérsias da denúncia do Ministério Público e apresentar suas razões aos desembargadores”, disse Dagostin. Ele acredita que, devido à complexidade do caso e ao grande volume de documentos anexados à denúncia, o pedido de vista reacende a possibilidade de reversão das prisões, não só de Salvaro, mas também dos demais réus.

O julgamento da Operação Caronte envolve dois processos distintos, que estão sendo analisados pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina:

Primeiro processo, referente aos sete primeiros presos na primeira fase da operação, em 7 de agosto: Apenas a desembargadora Cinthia Bittencourt Schaefer votou até o momento, a favor da manutenção das prisões. O segundo desembargador, Antônio Zoldan da Veiga, pediu vista, e ainda falta o voto de um terceiro magistrado. Assim, esse processo tem, até agora, apenas um voto.

Segundo processo, que inclui o prefeito Clésio Salvaro e outras nove pessoas na segunda fase da operação: já conta com dois votos, ambos pela manutenção da prisão. No entanto, esses votos podem ser alterados antes do julgamento final.

Dagostin explicou que a defesa de Salvaro optou por apresentar memoriais em vez de fazer a sustentação oral para acelerar a resposta judicial, especialmente porque o julgamento estava previsto para ocorrer virtualmente.

“Se soubéssemos que haveria o pedido de vista, teríamos feito a sustentação oral”, admitiu. Mesmo assim, ele afirmou que a defesa confia na revisão das provas apresentadas, que, segundo ele, não ligam diretamente Salvaro aos crimes investigados.

O advogado também comentou sobre a situação emocional de Salvaro, que segue preso no Complexo Penitenciário de Itajaí. “A situação não é confortável. Ele está de pé às seis da manhã, trabalhando, mas a falta de liberdade está gerando ansiedade”, afirmou. A defesa tem mantido visitas regulares, levando informações e pedindo paciência ao prefeito enquanto o processo segue.

O julgamento, que decidirá sobre a manutenção da prisão dos 17 réus, foi adiado para o dia 19 de setembro, quando será retomado em sessão virtual.

Desembargador pede vista e julgamento de Clésio Salvaro é adiado: réus seguem presos

 

Continue lendo
Topo