Marco Búrigo
Tigre: milionário, mas sem time
Com R$ 21 milhões em caixa, o clube optou por segurar o dinheiro e terminou a temporada sem um time à altura da competição
O Criciúma terminou o ano com R$ 21 milhões em caixa e sem time no futebol. Mas antes vamos falar de outra situação. O caso Nino continua dando o que falar no Criciúma. O Conselho Deliberativo definiu que em março será feita uma reunião para definir para onde vai o dinheiro da negociação do zagueiro Nino com o futebol russo.
O Fluminense já quitou parte da dívida que tem com o Criciúma. Dos R$ 6 milhões que o Tigre tem direito, R$ 2 milhões foram pagos. O impasse ainda continua. O empresário Jaime Dal Farra que era gestor do clube na época acionou o Criciúma de forma extrajudicial, afirmando ter direito ao valor integral da negociação. Uma comissão jurídica do Conselho deverá definir o futuro da verba.
Na reunião do Conselho, na noite desta segunda-feira, dia 3, também foi informado que o Criciúma terminou o ano com R$ 21 milhões em caixa. A pergunta que fica é a seguinte: para que tanto dinheiro se não tinha um time competitivo no segundo turno do Brasileirão? Baita erro que custou a queda.
A postura do Criciúma na segunda janela foi demasiadamente tímida para um clube recém promovido para a Série A, e que notoriamente estava atrás de quase todos em termos de qualidade no elenco. Faltaram peças de reposição. O Criciúma não tinha banco. Tencati não conseguiu rodar o elenco. O Criciúma priorizou contratações onde os salários do jogadores eram pagos pelos clubes que detinham os direitos do atletas. Foi a receita do insucesso. O barato saiu caro. Para se ter ideia do prejuízo, o simples fato de não cair, o Tigre ganharia R$ 16 milhões em premiação.
É preciso “viver e aprender” com o futebol.