Se você já se assustou com o preço de um iPhone novo no Brasil, saiba que não está sozinho. De acordo com o relatório Mapping the World’s Prices 2025, do Deutsche Bank, o Brasil é o segundo país mais caro do mundo para comprar o smartphone da Apple. E pior: o problema não para no iPhone. Vários outros produtos e serviços do dia a dia também pesam no bolso do brasileiro. Bora entender? 😉
1. O iPhone 16 Pro no Brasil: preço de luxo
Enquanto nos EUA o iPhone 16 Pro (128GB) custa US$ 1.079, no Brasil ele sai por US$ 1.835. Isso significa que o brasileiro paga 70% a mais pelo mesmo produto.
E não é só uma questão de “ganância da Apple”: o valor inclui uma combinação explosiva de impostos de importação, ICMS, PIS/COFINS, taxa de câmbio e margens de revendedores.
2. Por que tudo é mais caro por aqui?
Alguns fatores explicam esse cenário:
- Carga tributária elevada: produtos eletrônicos podem chegar a ter mais de 50% do preço final em impostos.
- Câmbio volátil: com o real instável, os preços em dólar sobem rapidamente.
- Custo Brasil: burocracia, logística deficiente e baixa competitividade interna aumentam ainda mais os valores.
3. O peso da moradia: aluguel e compra de imóveis
Além da tecnologia, a habitação também é um grande vilão:
- No Rio de Janeiro, morar no centro pode consumir mais da metade da renda média mensal.
- Em São Paulo, o cenário não é muito diferente.
Resultado: comprar ou alugar imóvel em grandes capitais brasileiras é proporcionalmente mais caro do que em várias cidades ricas do mundo.
4. O cotidiano também dói no bolso
Não é só com casa e iPhone que o brasileiro sofre. O relatório mostra que:
- Roupas de marca e jeans estão entre os mais caros do mundo.
- Fast food e refeições em restaurantes de rede saem mais caro do que em muitas cidades da Europa.
- Cinema e academia também aparecem em patamares de alto custo, comparáveis a cidades como Londres e Nova York.
5. E o que é mais barato no Brasil?
Nem tudo é desvantagem: bebidas como cerveja e cigarro são relativamente baratos comparados a outros países, o que mostra distorções no sistema tributário.
O Brasil se destaca como um dos lugares mais caros do mundo para comprar um iPhone — e vários outros produtos e serviços. O problema não está só no preço final, mas nas estruturas tributária e econômica, que encarecem quase tudo.
Enquanto isso não muda, o brasileiro segue pagando caro, seja pelo celular dos sonhos, pelo aluguel de um apartamento ou até pelo combo do fast food.
Referências: