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Taça das Cidades e Taça Anita Garibaldi: as ideias mirabolantes do Arbitral

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Foto: Fernando Ribeiro/FCF

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Taça das Cidades e Taça Anita Garibaldi: as ideias mirabolantes do Arbitral

Os 12 clubes da elite estadual se reuniram para definir o regulamento da próxima edição do Campeonato Catarinense

Começo o texto já afirmando: ainda bem que este regulamento não foi aprovado. Dentre as várias ideias mirabolantes discutidas no Conselho Técnico do Campeonato Catarinense 2025, realizado nesta terça-feira (19), em Balneário Camboriú, uma proposta chamou a atenção e, por muito pouco, não virou chacota — tanto para quem acompanha o futebol catarinense quanto para quem o observa de fora.

Por pouco, não tivemos um regulamento no estilo do Campeonato Carioca, que até hoje é difícil de entender. E só escapamos disso graças às articulações dos clubes pequenos. Hercílio Luz e Caravaggio, representados por Pedro Smania e Nei Rama, lideraram a recusa à proposta.

“Fomos pegos de surpresa. Precisei articular com os pequenos durante o almoço. Poderia ter alguém que não entendesse”, revelou um dos dirigentes.

O regulamento, que teve aprovação de apenas três clubes (Avaí, Criciúma e Figueirense), previa a disputa de três troféus dentro de uma única competição. Sim, três troféus!

Como funcionaria o regulamento?

A proposta previa dois grupos de seis times, com a distribuição baseada nas colocações da última edição. Times com colocações ímpares ficariam no Grupo A, e os de colocações pares, no Grupo B. Os grupos se cruzariam, e a classificação final seria determinada pela soma dos pontos das 12 equipes em uma tabela única.

Chaves sugeridas

Grupo A: Criciúma, Avaí, Marcílio Dias, Joinville, Chapecoense e Caravaggio

Grupo B: Brusque, Barra, Figueirense, Hercílio Luz, Concórdia e Santa Catarina

Os oito melhores avançariam às quartas de final. Até aí, algo minimamente compreensível, embora não concorde com a fórmula, mas o problema estava no que viria depois.

Taça das Cidades: o prêmio de consolação

Os perdedores das quartas de final e das semifinais disputariam a chamada Taça das Cidades, um prêmio de consolação semelhante à Taça Rio do futebol carioca. A competição teria final em jogos de ida e volta, com o objetivo de preencher mais datas no calendário.

Taça Anita Garibaldi: o “troféu dos piores”

Agora, a parte mais surreal. Outra proposta faria com que os quatro piores times da fase classificatória disputassem um quadrangular de rebaixamento, onde os dois últimos seriam rebaixados (em outra proposta, seriam três). O “melhor entre os piores” seria declarado campeão da Taça Anita Garibaldi. Coitada de Anita.

A criação de taças alternativas visava aumentar o calendário para times que, caso eliminados precocemente na fase classificação, jogariam no máximo cinco partidas.

No entanto, uma proposta cheia de falhas, incluindo o fato de que nem todos os times se enfrentariam, o que compromete o equilíbrio competitivo.

A recusa dos pequenos

Felizmente, clubes como Caravaggio e Hercílio Luz articularam a recusa da proposta, evitando que essa “inovação” se tornasse realidade. Como disse Nei Rama, “uma vergonha”. E concordo com Pedro Smania: entre as opções disponíveis, o regulamento aprovado foi, de fato, o menos pior.

Ainda há muito o que melhorar, mas ao menos escapamos de um regulamento que teria tudo para ser motivo de piada. Na minha opinião, o ideial seriam oito clubes classificando, aumentando apenas uma data (14 para 15) em relação ao que foi aprovado.

Confira a fórmula de disputa, regulamento e datas do Catarinense 2025 clicando aqui.

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