A SC-108 prevê a duplicação da rodovia de Criciúma até Urussanga, uma iniciativa grandiosa e complexa que se arrasta por anos. Segundo o vereador, a obra é considerada uma das maiores do programa “Estrada Boa”, mas seu andamento é preocupante. “Tivemos uma série de promessas ao longo dos últimos dois anos e, até agora, pouco progresso foi feito”, afirma Casagrande.
Promessas e realidade
Recentemente, o governador de Santa Catarina fez novas promessas, mas, segundo Casagrande, isso não é suficiente. Ele destacou que a obra ainda não apresenta um cronograma definido, o que levanta questões sobre sua viabilidade. “No ritmo atual, talvez levaríamos 50 anos para concluir. Isso não é do interesse de ninguém”, desabafou.
Diante da incerteza, o vereador e outros representantes da região formaram o movimento “SC-108 não pode parar”. O objetivo é manter a pressão sobre o governo estadual para que a obra não seja apenas uma promessa vazia. Casagrande enfatizou a importância de um cronograma de execução que garanta recursos e mão de obra adequados.
“Se tivermos um cronograma, teremos máquinas em operação e homens trabalhando. E, principalmente, se houver um cronograma, os serviços executados precisam ser pagos”, destacou o vereador. Ele mencionou que a falta de comprometimento com esses aspectos está no cerne do problema.
Os políticos da região planejam uma reunião na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) após as eleições, onde estarão presentes vereadores de Urussanga, Cocal e Criciúma. O foco será exigir a presença do secretário estadual de Infraestrutura e a elaboração de um cronograma para a obra. “Estamos lutando para que essa obra se torne realidade. A população merece uma rodovia segura e eficiente”, concluiu Zairo Casagrande.
Na semana passada, em visita a Criciúma, o governador visitou a SC-108 e foi questionado sobre prazos. Ele recorreu à equipe técnica, que informou que essa obra não será concluída com menos de 50 meses. Então imediatamente o governador corrigiu o secretário, diminuindo o prazo para até 48 meses, que coincidentemente corresponde a um mandato de quatro anos.