Antigo presídio de Itajaí é demolido

O velho e abandonado presídio de Itajaí, que depois passou a operar, até 2019, como presídio feminino, foi posto abaixo em meio ao ronco das escavadeiras. Icônico no bairro Nossa Senhora das Graças, o Matadouro, o local agora vai passar por um completo processo de reurbanização.

A derrubada, segundo o prefeito Robison Coelho, é o primeiro passo de um processo de transformação. “É um momento histórico para Itajaí e para a comunidade. Nós estamos derrubando um presídio desativado para construir escola, para construir creche, para construir posto de saúde. Para cuidar da formação profissional dessa comunidade, que por muito tempo foi esquecida e abandonada, e nós trouxemos de volta a dignidade”, destacou Robison.

A Prefeitura estuda diferentes propostas para a área e para isso está ouvindo a comunidade local para compreender suas necessidades. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação reforçou o compromisso de ouvir os moradores e considerar suas reivindicações no planejamento dos novos espaços.

“Do portão onde começa a demolição até o fundo, a ideia é que se abra uma rua para que se faça interligação direta com a Vila da Paz, possibilitando o transporte público, facilitando o acesso ao comércio, permitindo que ambulâncias e outros serviços públicos cheguem mais facilmente. No restante da área, queremos construir equipamentos como escola, posto de saúde e espaço para arte. O objetivo é ressignificar este bairro”, disse o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, João Paulo Kowalski.

Os moradores esperam um projeto para a área há pelo menos 10 anos, quando o fechamento do presídio foi cobrado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A desativação foi então anunciada para 2017, mas a mudança só aconteceu em 2019, após o término do novo presídio feminino no complexo da Canhanduba.

Já o Município demostrava interesse na área desde 2016, quando chegou a apresentar proposta de construir um centro comunitário no local. Para os moradores o presídio era sinônimo de insegurança e chegou a sofrer com um incêndio que destruiu o setor administrativo, berçário e oficina em 2019. Após o fechamento, o local ficou abandonado, aguardando uma destinação final. O local era constante alvo de invasões e servia para o tráfico e uso de drogas.