Cotidiano
Aumenta o número de pessoas intoxicadas e alerta sobre consumo de marisco é emitido
Cidasc ressalta que não é recomendado o consumo de moluscos bivalves retirados de costões e ilhas
Por
Matheus Machado
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) foi informada no sábado (28), pela Polícia Militar Ambiental, que em grupos de mensagens e redes sociais, foram constatadas pessoas com sintomas semelhantes à intoxicação por ficotoxina após o consumo de mexilhões retirados dos costões nos municípios de Laguna, Imbituba e na localidade do Pântano do Sul, em Florianópolis.
Até o momento, os resultados do monitoramento realizado rotineiramente pela Cidasc nos locais de produção de moluscos bivalves (ostras, mexilhões, vieiras e berbigões) no Estado de Santa Catarina não detectaram presença de toxina produtora de intoxicação em seres humanos. Cabe ressaltar que os municípios de Imbituba e de Laguna não possuem áreas de produção e, portanto, não são alvo de monitoramento oficial.
Outro ponto a ser destacado é que a extração de mexilhões no período de defeso, que iniciou no dia 1º de setembro e encerra nesta terça-feira, dia 31, é um crime ambiental e não poderia estar sendo realizada.
Entretanto, em função das notificações, para fins de investigação de prováveis causas da intoxicação, reforçando o compromisso com a saúde pública, a Cidasc realizará nova análise na área de produção do Pântano do Sul e também realizou nova análise nas cidades do sul no sábado. Assim que saírem os resultados, os mesmos serão divulgados e as recomendações atualizadas.
Com o objetivo de prevenir intoxicações causadas por moluscos bivalves, a Cidasc ressalta que não é recomendado o consumo de moluscos bivalves retirados de costões e ilhas, por serem áreas que não são alvo de monitoramento oficial. A Cidasc monitora constantemente as áreas de cultivo para preservar a saúde dos consumidores. A alga Dinophysis, quando se prolifera na água, libera a toxina ácido ocadaico, que os moluscos absorvem ao filtrar a água do mar.
Fique atento
A toxina não prejudica a saúde destes animais aquáticos, mas pode provocar sintomas gastrointestinais em humanos que se alimentarem da carne dos moluscos bivalves em que ela esteja presente. Enjoo, diarreia e vômito podem ser sintomas de intoxicação: neste caso, busque atendimento médico e notifique a Vigilância Sanitária e a Cidasc pelo número da Ouvidoria de Santa Catarina 0800 644 8500.
Monitoramento constante
Santa Catarina é o maior produtor nacional de moluscos e realiza o monitoramento permanente das áreas de cultivo de moluscos bivalves. OMolubis: Programa Nacional de Moluscos Bivalves Segurosé um dos procedimentos de gestão e controle sanitário da cadeia produtiva, permitindo maior segurança para os produtores e consumidores.
Com informações de Cidasc.