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Bebê declarada morta apresenta sinais vitais em velório em SC

Cotidiano
Bebê que apresnentou sinais vitaris em velório em Corrêa Pinto SC
Foto: Divulgação

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Bebê declarada morta apresenta sinais vitais em velório em SC

Um caso chocante: bebê de 8 meses é declarada morta, mas apresenta sinais vitais durante o velório. O que aconteceu?

Kiara Crislayne de Moura dos Santos, de oito meses, declarada morta por um hospital em Correia Pinto no último sábado (19), teria apresentado sinais vitais durante seu velório, abalando a cidade e ganhando repercussão em todo o estado. Segundo os familiares, durante a cerimônia, notaram que a temperatura corporal da criança se mantinha, além de movimentos nos braços e nas mãos. Um farmacêutico, o Conselho Tutelar e os Bombeiros foram chamados ao local, onde utilizaram oxímetro infantil e estetoscópio, constatando fracos batimentos cardíacos, saturação baixa e sinais como pupilas contraídas e arroxeamento em partes do corpo.

A criança foi novamente levada ao hospital pelos bombeiros, onde foi submetida a um eletrocardiograma que, segundo a direção do hospital, confirmou novamente a ausência de batimentos cardíacos e a morte da menina.

Diante desse cenário, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) entrou em ação. O Promotor de Justiça da comarca, Marcus Vinicius dos Santos, tomou conhecimento do caso por meio do Conselho Tutelar e, imediatamente, expediu um ofício requisitando diligências para apurar as circunstâncias da morte da criança. Entre as medidas solicitadas estão a realização de exame cadavérico para determinar o horário e as causas do óbito, além da análise do prontuário médico e a oitiva do médico, dos pais, dos bombeiros e das conselheiras tutelares que atenderam o caso.

“É fundamental esclarecer se, desde o primeiro atendimento médico, houve alguma negligência em relação à vida da criança”, destacou o Promotor. Ele também ressaltou que os laudos da Polícia Científica serão essenciais para determinar eventuais medidas no âmbito criminal ou cível. “A investigação busca dar respostas à família, à população e ao hospital, além de verificar a regularidade dos procedimentos”, explicou.

O pai da criança relatou que a bebê passou mal na noite de quinta-feira (17) e foi levada ao hospital, onde foi diagnosticada com uma virose e liberada após a administração de soro e medicamentos. No entanto, a menina voltou a ter complicações na madrugada de sexta-feira e, por volta das 3 horas, o mesmo médico teria atestado o óbito. “O médico disse que a causa da morte foi asfixia por vômito, mas na declaração constava desidratação e infecção intestinal bacteriana”, afirmou o pai, questionando as informações divergentes.

O Promotor de Justiça enfatizou que “apesar da presença de poucos batimentos cardíacos relatados pelos bombeiros, outros sinais compatíveis com a morte, como pupilas dilatadas e arroxeamento, também foram observados.” A perspectiva é de que os laudos cadavérico e anatomopatológico fiquem prontos dentro de um mês, fornecendo mais clareza sobre o caso.

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