Cotidiano
Bombeiros registram 2.846 ocorrências com água-viva
O número é considerado baixo se analisados os estudos dos últimos 10 anos
De 21 a 27 de janeiro, o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina registrou 2.849 ocorrências relacionadas a águas-vivas. As praias com maior número de casos foram Passo de Torres, Balneário Gaivota, Balneário Arroio do Silva e Balneário Rincão, com 1.603 casos.
Em segunda posição estão os balneários que compõem o 10º Batalhão dos Bombeiros Militares (BBM), que atende as praias de Palhoça e Governador Celso Ramos, registrou 517 ocorrências.
Já o 1º BBM, responsável pelas praias de Florianópolis, contabilizou 380 casos. Comparando com os anos anteriores, no mesmo período em 2024, as praias de Laguna, Imbituba e Garopaba haviam liderado com 917 ocorrências.
O professor Charrid Resgalla Jr., da Escola Politécnica da Univali, esclarece que a atual incidência de águas-vivas no estado pode ser considerada abaixo do normal, com base em estudos realizados ao longo de 10 anos. “O litoral sul é menos recortado e mais exposto aos ventos, facilitando o transporte de águas-vivas para a praia. A inclinação da costa e a forma retilínea da região contribuem para os altos índices de ocorrências, diferentemente do litoral norte, que possui uma geografia mais protegida”, esclarece o professor.
O que fazer em caso de queimadura por água-viva
Ao sentir ardência ou visualizar a água-viva, o banhista deve sair imediatamente da água e procurar o posto de guarda-vidas mais próximo. O local afetado deve ser lavado apenas com água salgada e depois receber aplicação de vinagre, que alivia os sintomas. Inclusive, as vítimas podem solicitar vinagre aos guarda-vidas.
A orientação é que não se use água doce, urina – que é uma recomendação popular – ou outros líquidos na queimadura. A urina é contraindicada porque sua acidez pode aumentar a sensação de queimadura e causar infecções devido à presença de bactérias.
Dependendo da gravidade, o guarda-vidas poderá acionar uma ambulância para atendimento médico.