Cotidiano
Capital suspende resgate social de população de rua
Assistência Social informou que o atendimento a essa população não está mais disponível
A Prefeitura de Florianópolis suspendeu, na última sexta-feira (28), o serviço de resgate social voltado para pessoas em situação de rua. Em um e-mail enviado a servidores, a Diretoria de Operações da Secretaria Municipal de Assistência Social informou que o atendimento a essa população não está mais disponível e, a partir de agora, os cidadãos deverão acionar o Corpo de Bombeiros ou a Guarda Municipal em situações de emergência.
O comunicado, assinado pela diretora Andreza Laura da Silva, foi enviado às gerências da pasta, comunicando oficialmente o fim do serviço, implantado em 2020. Segundo o e-mail, o número de telefone direcionado para o atendimento ao resgate social deverá ser removido de todos os meios de comunicação.
Novos procedimentos para atendimento à população em situação de rua
A partir de agora, caso haja necessidade de atendimento, a orientação é que o Corpo de Bombeiros seja contatado pela central de emergência. Se a pessoa em situação de rua estiver alterada, a recomendação é acionar a Guarda Municipal. Para outras situações, o Centro Pop continuará disponível.
A ex-secretária de Assistência Social, Maria Cláudia Goulart, compartilhou o e-mail em suas redes sociais e expressou preocupação com a suspensão do serviço. Goulart, que foi candidata a vice-prefeita em 2024, ressaltou que o resgate social, implementado em abril de 2020, realizou 4.481 atendimentos no ano de sua criação, com uma média de mais de 20 atendimentos diários.
Secretário de Assistência Social promete reformulação
O secretário de Assistência Social, Bruno Souza, afirmou que a suspensão do serviço foi provocada pelo encerramento do contrato com a empresa terceirizada responsável pela operação do resgate social. No entanto, ele garantiu que a abordagem social será reformulada e que um novo modelo de atendimento será implementado nos próximos 60 dias.
De acordo com Souza, o serviço de abordagem social será reestruturado para ser mais eficiente. “Precisamos mudar o paradigma da abordagem. O serviço atual é caro e com baixa eficiência. Queremos equipes circulando nas ruas ativamente, em vez de dependerem de chamadas isoladas”, afirmou o secretário.