Cidasc alerta para risco de intoxicação por consumo de moluscos na Costa de SC

A Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) emitiu um alerta sobre os riscos de intoxicação humana devido ao consumo de moluscos bivalves — como ostras e mexilhões — extraídos em áreas de Florianópolis, Palhoça, Imbituba e Laguna. O aviso foi divulgado na sexta-feira (3), após análises realizadas em amostras coletadas nos municípios afetados, com base em relatos de sintomas semelhantes aos de intoxicação por ficotoxinas.

Ficotoxinas e riscos à saúde

As amostras de moluscos retiradas de áreas de cultivo (fazendas marinhas) em Florianópolis e Palhoça não apresentaram níveis preocupantes de ficotoxina, o que significa que os moluscos dessas regiões estão livres de riscos à saúde. Contudo, amostras coletadas de ilhas e costões em Florianópolis, Imbituba e Laguna apresentaram níveis elevados de ácido okadaico, um indicador de toxinas presentes em concentrações suficientes para causar intoxicação em humanos. A ingestão desses moluscos contaminados pode provocar sintomas como enjôo, diarreia e vômito.

Recomendações de consumo seguro

A Cidasc recomenda que a população evite o consumo de moluscos bivalves extraídos das áreas de risco nas ilhas e costões dos municípios mencionados. Além disso, orienta que restaurantes e consumidores adquiram moluscos somente de produtores com selo do Serviço de Inspeção Oficial (SIM, SIE, SIF), que garante a procedência e a segurança dos produtos.

Monitoramento e controle

A Cidasc realiza monitoramento contínuo nas áreas de cultivo para garantir a segurança do consumo de moluscos bivalves, com coleta e análise das amostras durante todo o ano. Outros tipos de moluscos, que não apresentaram contaminação, não estão sob risco de toxinas.

O que são Ficotoxinas?

As ficotoxinas são substâncias químicas produzidas por algas, as quais são consumidas pelos moluscos bivalves. Embora as toxinas não afetem a saúde dos próprios moluscos, elas podem causar intoxicação gastrointestinal em humanos. Em caso de sintomas, é fundamental buscar atendimento médico imediatamente e notificar as autoridades competentes, como a Vigilância Sanitária e a Cidasc, através da Ouvidoria de Santa Catarina pelo telefone: 0800 644 8500.