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Cidasc alerta sobre possíveis intoxicações por mexilhões em SC

Cotidiano
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Cidasc alerta sobre possíveis intoxicações por mexilhões em SC

Polícia Militar Ambiental recebeu casos de pessoas apresentando sintomas compatíveis com intoxicação

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) emitiu um alerta sobre a possível intoxicação por ficotoxinas após o consumo de mexilhões retirados de costões em algumas localidades de Santa Catarina. No dia 28 de dezembro de 2024, a Polícia Militar Ambiental, através de grupos de mensagens e redes sociais, recebeu relatos de casos de pessoas apresentando sintomas compatíveis com intoxicação após ingerirem mexilhões provenientes dos municípios de Laguna, Imbituba e da localidade do Pântano do Sul, em Florianópolis.

Monitoramento e investigação em andamento

De acordo com a Cidasc, os resultados de monitoramento realizado rotineiramente nos locais de produção de moluscos bivalves, como ostras, mexilhões, vieiras e berbigões, não indicaram a presença de toxinas capazes de causar intoxicação em seres humanos. Vale destacar que as cidades de Imbituba e Laguna não possuem áreas de cultivo de moluscos e, portanto, não estão incluídas no monitoramento oficial da Cidasc.

Além disso, a extração de mexilhões durante o período de defeso — iniciado em 1º de setembro e que se encerra nesta terça-feira, 31 de dezembro — é ilegal, configurando crime ambiental. O defeso é uma medida de preservação das espécies marinhas e visa garantir a sustentabilidade das populações de moluscos.

Embora as áreas de produção monitoradas pela Cidasc não apresentem problemas, em resposta às notificações, a companhia realizará novas análises no Pântano do Sul e também realizará coletas nos municípios de Imbituba e Laguna ainda no dia 29 de dezembro. Assim que os resultados das análises estiverem disponíveis, a Cidasc divulgará as conclusões e atualizações sobre as recomendações.

Risco de intoxicação por toxina

A Cidasc alerta que a toxina responsável por possíveis intoxicações é a ácido ocadaico, liberada por uma alga chamada Dinophysis. Quando essa alga prolifera na água, ela pode ser absorvida pelos moluscos bivalves, como mexilhões e ostras, durante o processo de filtragem da água. Essa toxina não afeta a saúde dos próprios moluscos, mas pode provocar sintomas gastrointestinais em humanos que consumirem esses animais contaminados. Entre os sintomas de intoxicação estão:

  • Enjoo
  • Diarreia
  • Vômito

Caso apresente esses sintomas após consumir mexilhões ou outros moluscos bivalves, a Cidasc recomenda que o paciente procure atendimento médico imediatamente. Além disso, é importante que o ocorrido seja comunicado à Vigilância Sanitária e à Cidasc por meio da Ouvidoria de Santa Catarina, no número 0800 644 8500.

Recomendações da Cidasc para o consumo de moluscos

A Cidasc reforça a recomendação de não consumir moluscos bivalves retirados de costões ou ilhas, pois essas áreas não são monitoradas oficialmente, o que pode representar risco à saúde pública. A Companhia realiza um monitoramento contínuo nas áreas de cultivo licenciadas para garantir a qualidade e a segurança dos produtos consumidos pela população.

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