Cota para pesca da tainha desagrada setor pesqueiro

O governo publicou na quinta-feira (5) a portaria conjunta dos ministérios da Pesca e Aquicultura (MPA) e do Meio Ambiente (MMA), que definem as cotas de captura da tainha, as áreas de pesca e as medidas de registro, monitoramento e controle para a safra 2025. Para a pesca industrial nas regiões Sul e Sudeste, a normativa do governo federal estabelece limite de 6.795 toneladas, com base na avaliação de estoque mais recente da espécie, feita em 2023. A justificativa é a preservação do peixe, que estaria sob risco de extinção.

A novidade deste ano é a cota para a pesca de arrasto, uma das mais tradicionais do litoral catarinense. O governo federal confirmou a adoção de cotas em todas as modalidades. Para a modalidade cerco/traineira não houve mudança. O limite continua estabelecido em 600 toneladas e serão credenciadas até 12 embarcações. Inicialmente, o governo previa 10 traineiras, mas o Sindicato dos Armadores e da Indústria da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi) reivindicou a liberação de mais barcos.

Para a modalidade emalhe anilhado, foi definida a cota de 970 toneladas e há expectativa de liberação de até 130 embarcações. Outras 1725 toneladas foram liberadas para barcos de emalhe costeiro de superfície para as regiões do Sul e Sudeste. Entre as medidas mais polêmicas, o arrasto de praia terá cota de 1100 toneladas.

Se analisados os barcos individualmente, a portaria determina para as traineiras a cota de 50 toneladas por barco, sem percentual de tolerância e os barcos de emalhe anilhado terão limite individual de captura de 15 toneladas, com 20% de tolerância.

Será disponibilizado no site do ministério da Pesca o Painel de Monitoramento da Temporada de Pesca da Tainha, com o acompanhamento das cotas de captura em todas as modalidades. O monitoramento será feito com base nos dados dos sistemas Sistainha e PesqBrasil.