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Despenca o preço da carne bovina

Cotidiano
Despenca O Preco Da Carne Bovina
Foto: Reprodução Blog Prática/SCTodoDia

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Despenca o preço da carne bovina

O valor médio da picanha A caiu 24,8% e, das carnes de segunda, a retração foi de 17%

Na contramão do ovo, que teve seu valor reajustado em mais de 40% em decorrência da falta do produto no mercado norte-americano e o consequente aumento nas exportações da produção brasileira para o destino, os preços da carne bovina vêm caindo desde dezembro. Estatísticas da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) mostram que vários cortes bovinos registraram desvalorização desde o final do ano passado, com reduções que variam entre 12,4%, no caso do coxão mole; a 24,8% para a picanha A.

Segundo levantamento de preços publicado pela entidade, o filé mignon, que custava R$ 77,08 em dezembro, caiu para R$ 58,00 nesta semana, representando uma redução de 24,73%. Já a picanha passou de R$ 72,19 para R$ 55,00 no mesmo período e, a picanha B, saiu de R$ 58,94 para R$ 45,00, com uma baixa de 21%. Esses cortes premium foram os mais impactados, refletindo uma possível retração na demanda por carnes de maior valor agregado.

Os cortes de menor valor, como acém, paleta e peito, classificados como dianteiros, também registraram queda média de 17%, evidenciando um ajuste generalizado nos preços. Márcio Rodrigues, diretor de Comércio Exterior da Masterboi, disse ao Portal Movimento Econômico que um dos fatores que explicam essa redução é a maior oferta de fêmeas para abate. “É um movimento sazonal. A carne das fêmeas é mais barata que a do boi”, explica. Mas a tendência de queda também pode ser atribuída à redução no consumo interno, impulsionada pelo cenário econômico.

Além disso, a diminuição nos custos de produção e mudanças no mercado exportador também podem ter contribuído para a baixa nos preços. Paralelamente, o Brasil importa alguns cortes específicos, como picanha e bife de chorizo, o que impacta o mercado nacional. Diante desse cenário, circulam boatos sobre uma possível taxação das exportações, o que poderia manter elevada a oferta de carne no mercado nacional, pressionando os preços para baixo.

Apesar da queda nos valores, o Brasil segue abatendo mais e ampliando a oferta. “O país exporta cerca de 25% da produção total e, ainda assim, poderia estar consumindo mais internamente se as condições econômicas fossem mais favoráveis”, avalia Rodrigues.

Se a trajetória de queda se mantiver, os consumidores poderão se beneficiar com maior acesso à carne bovina. No entanto, para pecuaristas e frigoríficos, o cenário exigirá ajustes na produção e estratégias comerciais para garantir a rentabilidade do setor.

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