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SCTODODIA

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Empresário mata homem e simula a própria morte

Cotidiano
Empresario Mata Homem E Simula A Propria Morte
Foto: PCSC/Divulgação/SCTodoDia

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Empresário mata homem e simula a própria morte

Ele teria carbonizado um homem, cortado um pedaço do dedo e também arrancado dentes, para simular sequestro e tortura; o homem foi preso em Navegantes

A Polícia Civil prendeu em Navegantes o empresário E.P., de 41 anos. Ele é acusado de ter matado um homem em situação de rua e carbonizado o corpo em seu carro para simular sua própria morte. E. ainda teria amputado um dedo e arrancado dentes, para um possível exame de DNA. Os crimes ocorreram em São Cristóvão do Sul, próximo aos municípios de Lages e Curitibanos, no Planalto Serrano. O motivo de todo esse teatro seria para se safar de crimes de estelionato. Ele era dono de uma empresa de placas solares que teria lesado vários clientes na região.

O empresário foi preso com um comparsa, de 38 anos, em Navegantes. A apuração do caso começou após o registro do suposto desaparecimento do empresário, que teria sido visto por familiares pela última vez em 12 de fevereiro. Três dias depois a caminhonete modelo S10 do empresário foi encontrada queimada com um corpo carbonizado em seu interior. Segundo a polícia, inicialmente houve a suspeita de que o corpo fosse do próprio empresário.

“No início as investigações apontavam para homicídio do qual ele seria vítima por motivo de acerto de contas, cobrança de dívidas”, disse o delegado Fabiano Rizzatti Toniazzo, da Delegacia de Investigação Criminal de Curitibanos, em vídeo divulgado pela polícia. No entanto, segundo o delegado, o cenário mudou após a informação de que o empresário havia sido visto por testemunhas nos dias do suposto desaparecimento.

Elas teriam relatado que o suspeito andava acompanhado por um homem até então não identificado. Ainda, segundo apontaram as investigações, as testemunhas também disseram ter vendido gasolina e álcool ao suspeito nos dias anteriores à localização do corpo carbonizado.

Ao perceber que o corpo só seria liberado após reconhecimento por meio de exames, supostos sequestradores contratados pelo empresário fizeram contato com familiares da suposta vítima e portais de notícias locais, segundo a investigação. A polícia informou que vídeos da suposta tortura contra o suspeito chegaram a ser enviados e uma garrafa pet teria sido arremessada contra a residência da namorada do empresário, contendo um pedaço de dedo e dois dentes.

“As investigações começaram a tomar outro rumo quando a família dele recebeu vídeos com um pedaço de um dedo amputado e dentes. As pessoas que encaminharam os vídeos informavam que estavam fazendo naquele dia a tortura e que o corpo encontrado no veículo já não seria dele”, disse Toniazzo.

“Nesse momento, entendemos que se tratava de uma simulação e passamos a buscar o paradeiro dele e do seu comparsa. Também começamos a trabalhar com possíveis desaparecidos na região”, completou. Inclusive, a polícia identificou a unidade de saúde onde o empresário teria buscado atendimento para cuidar do dedo amputado. Ele foi reconhecido por testemunhas, conforme a corporação.

A investigação também apontou que, nos dias 12 e 13 de fevereiro, o empresário e o outro homem interpelaram moradores de rua nos municípios da região de Curitibanos e Santa Cecília, segundo relatos de testemunhas. O desaparecimento do morador de rua Vanderlei Weschenfelder, 59 anos, foi comunicado por familiares no mesmo período.

As investigações levaram a DIC até Navegantes, e neste ponto a Polícia Civil já tinha as prisões preventivas expedidas e mandados de busca e apreensão.

 

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