Cotidiano
Espera por vaga termina em tragédia em Itajaí
Menino de 13 anos teria morrido enquanto aguardava por transferência; Hospital Pequeno Anjo diz que não houve demora na liberação da vaga
Um adolescente de 13 anos, morador de Camboriú, faleceu nesta segunda-feira (2) enquanto esperava por uma vaga no Hospital Pequeno Anjo, em Itajaí, referência em atendimento pediátrico no Vale do Itajaí. A transferência foi solicitada, mas segundo a família, quando ocorreu a liberação da vaga, o quadro clínico do menino já era considerado gravíssimo.
A criança havia dado entrada no Hospital Municipal Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, onde passou por exames iniciais. Com a piora no estado de saúde, a equipe médica solicitou a remoção imediata para a unidade especializada.
A vaga foi liberada no final da tarde de ontem. O menino chegou a ser transferido, mas não resistiu e morreu logo após dar entrada no Hospital Pequeno Anjo. A família alega que a demora na autorização da transferência comprometeu o atendimento.
Hospital Pequeno Anjo diz que não houve demora na liberação da vaga
Em nota, a direção do Hospital Infantil Pequeno Anjo informa que não procede a notícia veiculada na mídia local, que acusa a instituição de demora no aceite de transferência de paciente oriundo do Hospital Municipal Ruth Cardoso.
“O paciente deu entrada no Pronto Atendimento do HIPA às 1h57 do dia 02 de junho, transportado em ambulância incompatível com a gravidade de seu quadro clínico. Ao chegar, foi imediatamente triado com classificação vermelha, indicando situação de extrema gravidade. Não houve qualquer tempo de espera ou atraso no atendimento prestado por nossa equipe.
Ressaltamos que o paciente permaneceu por mais de 12 horas no hospital de origem, já com diagnóstico definido, sem ter sido submetido ao tratamento adequado, embora a unidade contasse com especialista e estrutura compatível para realização do procedimento necessário.
O Hospital Infantil Pequeno Anjo, ao receber o paciente, adotou todas as medidas médicas cabíveis para o atendimento, com prioridade e empenho profissional. Contudo, diante da gravidade do caso e da condição clínica crítica, infelizmente o desfecho foi desfavorável.
A Direção do HIPA se solidariza com os familiares e amigos do paciente, e informa que tomará as medidas legais cabíveis diante da veiculação de informações inverídicas que atingem a honra e a reputação da instituição e de seus profissionais.”