Investigação liderada pelo delegado Lucas Magalhães, da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami) de Joinville, resultou na prisão de um homem de 45 anos no município de Rolante, no Rio Grande do Sul. O homem se fez passar por criança em jogos online para aliciar um menino de sete anos e foi descoberto pelo pai do garoto, que denunciou o caso de pedofilia.
Segundo o delegado responsável pelo caso, o homem fez contato com o garotinho pelo Kwai, aplicativo de vídeos muito conhecido e ‘frequentado’ pelas crianças. “A princípio de forma inocente, dizendo que estava gostando dos vídeos que ele postava, das fotos e foi se passando por um amigo virtual. Em determinado momento ele pediu o WhatsApp do garoto para eles continuarem conversando por ali”, conta o delegado. E inocentemente, a criança passou seu número de telefone.
Foi o pai do menino, que regularmente verificava as atividades online do filho, que descobriu tudo. Ao perceber conversas suspeitas no aplicativo de mensagens, o pai decidiu se passar pelo filho e a estratégia revelou a verdadeira face do predador, que começou a enviar conteúdo sexual infantil e fotos íntimas. O homem então coletou provas e registrou as conversas, possibilitando que a polícia reunisse informações suficientes para a prisão do suspeito.
Os agentes da Dpcami de Joinville viajaram mais de 600 quilômetros até Rolante, onde o homem foi preso próximo à sua residência. Durante o interrogatório, o suspeito admitiu consumir conteúdo pedófilo para prazer pessoal e expressou desejo de conhecer a criança pessoalmente, como se fosse algo natural.
Quando confrontado pela polícia, o homem teria tentado minimizar seus atos, alegando que não tinha interesse sexual direto nas crianças. Ele também admitiu que consumia material pedófilo para seu “prazer pessoal”.
A investigação também reabriu um caso anterior de suposto abuso sexual na cidade gaucha, no qual o homem havia sido inocentado. A polícia agora trabalha para identificar outras possíveis vítimas e a extensão dos crimes cometidos pelo suspeito.