Polícia apura desvios em contratos com OSs na capital

A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou a segunda fase da operação Pecados Capitais, que investiga supostos desvios de recursos públicos em contratos firmados entre a Prefeitura de Florianópolis e organizações sociais entre os anos de 2020 e 2022. A ação teve como foco o afastamento de dirigentes de entidades e a suspensão de contratos com indícios de irregularidades.

Segundo a Delegacia Especializada no Combate à Corrupção da Capital, os presidentes de duas organizações sociais e dez colaboradores foram afastados de suas funções. A Justiça também determinou a suspensão de 16 contratos mantidos com empresas ligadas às entidades investigadas. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Florianópolis, São José e Rio Grande (RS).

As investigações indicam que empresas contratadas pelas organizações sociais superfaturavam serviços para beneficiar dirigentes e possivelmente agentes públicos. Parte da apuração também recai sobre o processo de seleção dessas entidades, que teria sofrido interferência indevida. Os indícios sugerem favorecimento em troca de benefícios pessoais ou a terceiros.

Na primeira fase da operação, realizada em dezembro de 2024, duas pessoas foram presas e houve sequestro de bens e valores que somam mais de R$ 3 milhões. Os mandados também abrangeram os municípios de Palhoça, Canelinha e até Rondonópolis (MT), com a participação de 74 policiais civis.

Contratos encerrados, diz prefeitura

Em nota, a Prefeitura de Florianópolis informou que todos os contratos com as organizações investigadas já foram encerrados e que não foi alvo da nova etapa da operação. A administração municipal reiterou que segue colaborando com as investigações conduzidas pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC).

A Polícia Civil segue apurando o caso em sigilo e não descarta novas diligências ou o surgimento de outros envolvidos.