Cotidiano
Praia de Taquarinhas é vendida por R$ 31,51 milhões
Depois de várias tentativas frustradas, por meio de leilão online a Caixa finalmente vendeu a área
Por
Joca Baggio
A Caixa Econômica Federal finalmente conseguiu vender a última praia intocada de Balneário Camboriú: Taquarinhas. A área de quase 597 mil metros quadrados tinha valor mínimo de R$ 30 milhões e foi arrematada por R$ 31,5 milhões, em leilão com venda online para a empresa Biopark Gestão Sustentável. O valor é considerado baixo pelo mercado, uma vez que em 2019 a Caixa fez a primeira tentativa de vender a área. Na época, o lance mínimo era de R$ 231 milhões e foi suspenso pela Caixa antes da realização.
Os seis lotes do terreno ficam dentro da Área de Preservação Ambiental (APA) Costa Brava, tendo restrições para construções. A legislação prevê atividades humanas no local, desde que os projetos estejam ligados à sustentabilidade e preservação ambiental. No edital da Caixa, havia alerta sobre as restrições ambientais do terreno.
A Biopark Gestão Sustentável Ltda. é de Balneário Camboriú e tem como administrador o empresário Marcos Gracher, fundador das academias Wave. A empresa foi fundada dias antes do leilão, em 29 de outubro, e tem jardins botânicos, zoológicos, parques nacionais, reservas ecológicas e áreas de proteção ambiental como atividade principal. Parques de diversão e parque temático são atividades secundárias.
Em nota, a Biopark confirma a aquisição da área, se diz consciente das limitações construtivas impostas no edital de leilão e confirma o propósito de implementar um grande parque de preservação, com visitação controlada de turistas. “A empresa tem plena consciência de que o local é uma área de preservação e esse foi o principal motivador da aquisição, pois iremos tratá-la como tal”. Diz ainda que em breve, em coletiva de imprensa, deve apresentar os detalhes do futuro empreendimento turístico-ambiental.
Os seis lotes leiloados pela Caixa foram dados ao banco pela Thaquarinhas Investimentos e Participações, empresa do grupo Thá, como garantia de um empréstimo de R$ 88 milhões. A empresa tinha projeto de construir um resort na praia, mas a obra foi barrada pela justiça federal pelo fato do local ser uma área de preservação. Com a dívida do empréstimo, a Caixa tomou os imóveis.