Projeto cidade cultural ganha apoio popular na capital

A consulta pública promovida pelo Governo do Estado para avaliar as expectativas da população sobre a área do Complexo Penal de Florianópolis contou com a participação de 1.816 pessoas. Desses, 86,9% consideram que transformar o espaço em um centro cultural e de lazer trará benefícios expressivos para a cidade. O formulário ficou disponível por 10 dias e integra a segunda fase do projeto Cidade da Cultura, iniciativa anunciada pelo governador Jorginho Mello, que prevê a desativação do Complexo Penal até o final de 2026.

A proposta é converter o local em um ambiente multifuncional voltado para cultura e lazer. A escuta social também revelou que 70% dos participantes concordam, ou pelo menos não discordam, da ideia de que a Cidade da Cultura seja economicamente sustentável, incluindo espaços para atividades comerciais como cafés e restaurantes. Além disso, a população manifestou interesse na realização de shows, apresentações musicais e festivais culturais, alinhando-se ao propósito do projeto.

Com uma área de aproximadamente 173 mil metros quadrados, a Cidade da Cultura pretende impulsionar uma revitalização urbana e histórica em Florianópolis. A iniciativa busca integrar-se às atividades já promovidas no Centro Integrado de Cultura (CIC), fortalecendo o setor cultural e reforçando a vocação turística da cidade. Dessa forma, o espaço se tornará um importante polo de cultura e entretenimento.

O desenvolvimento do projeto será conduzido de forma conjunta por diversas secretarias estaduais, incluindo a Secretaria do Planejamento (Seplan), a Secretaria de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos (SAI), a InvestSC, a Secretaria da Fazenda (SEF), a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e a Secretaria da Administração (SEA). Essa abordagem visa garantir um planejamento estruturado e eficiente para a execução da iniciativa.

A Cidade da Cultura segue as diretrizes do Programa de Parcerias e Investimentos de Santa Catarina (PPI-SC), assegurando transparência e participação popular em audiências públicas. O projeto passará por etapas como sondagem de mercado, chamamento público para consultorias especializadas e análise pelo Tribunal de Contas do Estado. Por fim, uma licitação selecionará um parceiro privado para assumir os investimentos, a manutenção e a operação do espaço por um período entre 15 e 30 anos, garantindo a viabilidade e a sustentabilidade da iniciativa.