Cotidiano
Trabalhadores fazem manifestação em frente a empresa
Funcionários de outros estados alegam que tiveram que dormir na rua após justa causa

Por
Matheus Machado

Mais de 150 funcionários de empresas terceirizados da Diamante Energia realizam uma manifestação em frente a termelétrica na manhã desta terça-feira (18), fato que marcou a manhã em Capivari de Baixo.
O pivô do protesto teria sido a demissão por justa causa de sete funcionários ainda na noite desta segunda-feira (17). Os trabalhadores são de diversos estados do Brasil, como Amapá, Piauí, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Com o seu vínculo rompido, eles tiveram que passar a noite na rua, sem nenhum auxílio e perdendo a diária no hotel, que era paga por uma empresa terceirizada.
A situação causou indignação em todos os funcionários, especialmente os vinculados a terceirizada Tecmesul, responsável pelas demissões.
Os trabalhadores também aproveitaram a situação para reivindicar melhores condições de trabalho. Um dos funcionários chegou a afirmar que recebeu apenas R$ 30 de alimentação para se descolar da Bahia até Santa Catarina. Segundo ele, o valor ainda foi descontado da folha salarial.
Melhorias nas condições de trabalho
A reportagem do portal SCTodoDia esteve em meio a manifestação e conversou com alguns trabalhadores. Eles relatam que as condições de trabalho dentro da Diamante são negativas, e até mesmo água para os funcionários já faltou recentemente.
“Um dos colaboradores chegou a desmaiar, tendo a suspeita de um princípio de infarto. Pouco tempo depois, ele foi demitido por justa causa”, relatou um dos manifestantes. “Teve um outro que travou a coluna, teve que parar de trabalhar. O RH falou que era por conta dele. Não pagaram nem um Uber para ir para o hospital”, disse outro colaborador.
A mão de obra, em sua maioria, é composta por homens de fora do estado. Eles alegam que o transporte entre suas estadias até chegar a empresa é deficitário, sempre superlotado e com os colaboradores tendo que fazer o trajeto em pé. Eles também pedem um reajuste no vale alimentação e nas horas extras, já que precisam exercer as funções também aos sábados.
As empresas envolvidas manifestarão através de notas oficiais. Ao longo da manhã, negociações entre o setor administrativo e os funcionários eram realizadas. Por volta do meio-dia, o protesto já havia acabado na frente da empresa.