Vídeo: Raio atinge maior prédio residencial do Brasil

O temporal que gerou diversos transtornos na noite de domingo (9) em Balneário Camboriú e região ainda está dando o que falar: um raio atingiu o Infinity Coast, o prédio residencial mais alto do país, em Balneário Camboriú. O edifício, construído pela FG Empreendimentos, tem 66 andares e 234 metros de altura. O sistema de pára-raios do arranha-céu foi eficaz e a descarga elétrica não causou danos.

No vídeo que circula pelas redes sociais dá para ver o exato momento em que o pára-raios absorve a descarga e gerou os comentários mais diversos. “Essa iluminação do Alok está cada dia mais realista”, escreveu um internauta. Outro, fã dos super herois, disse que “Até Thor desceu para BC”. Tiveram ainda muitas exclamações de espanto, explicações científicas e até pedidos divinos.

Em nota, a FG comentou sobre o Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas que adota. A empresa explica que o sistema adotado para o empreendimento foi o SPDA, sigla para Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas. Segundo o engenheiro Gustavo Simas, superintendente de produção da FG Empreendimentos, o sistema de proteção contra descargas elétricas usado no prédio é do tipo estrutural.

Isso significa que pilares conduzem a descarga ao solo e criam uma “gaiola de proteção” para os usuários. A ideia do para-raios é oferecer um caminho para que a eletricidade passe facilmente sem causar danos à estrutura e aos equipamentos. “E mais, mesmo após a descarga, tudo segue funcionando no empreendimento, o que comprova a eficácia do sistema.”

Simas reforça que esse sistema substitui ou complementa os tradicionais para-raios externos, aproveitando elementos metálicos já presentes na construção, como as armaduras das colunas de concreto até a fundação. O princípio de funcionamento é baseado na Gaiola de Faraday, onde a corrente elétrica do raio é distribuída por múltiplos caminhos, reduzindo o risco de superaquecimento e incêndios. “A captação da descarga ocorre nos pontos mais altos do edifício, como mastros, antenas e estruturas metálicas do topo. A corrente então percorre os caminhos de descida, ou seja as barras de aço da estrutura, e é dissipada no solo através de um sistema de aterramento robusto, garantindo que a energia se disperse sem causar danos.”

O engenheiro explica que essa abordagem tem várias vantagens: além de ser mais discreta do que os sistemas convencionais com cabos aparentes, ela melhora a segurança elétrica do edifício e reduz a necessidade de manutenção. “Em edifícios muito altos, onde a incidência de raios é maior, um sistema bem projetado não só protege a estrutura, mas também os sistemas elétricos internos, evitando danos a equipamentos e garantindo a segurança dos ocupantes.”