Nesta terça-feira (3), Joyce Lobato Campos, neta de Monteiro Lobato, guardiã do legado do seu avô e última pessoa que conviveu com o escritor, recebeu uma homenagem no Cemitério da Consolação em São Paulo.
Joyce iniciou seu trabalho de manter viva a obra de seu avô em 1975, quando passou a ser encarregada de ler todas as sinopses dos episódios do, então, recém lançado O Sitio do Pica-Pau Amarelo, na TV Globo, visando manter fidelidade à obra de Lobato. Seu trabalho como “relações públicas” da família, prosseguiu até os seus noventa anos, quando ainda cedia entrevistas e fazia participações em diversos programas de televisão. Alguns mais memoráveis são o Globo Repórter, comemorativo dos 100 anos do nascimento de Lobato, em 1982; o Programam do Jô, em 2013, e o Programa do Bial, em 2019, quando Joyce já tinha 89 anos.
Joyce sempre teve a percepção da importância histórica do seu avô e fez questão de doar todo o material – textos, documentos e aquarelas – que herdara de sua mãe, Martha Monteiro Lobato, para o CEDAE, na Unicamp em 2008, quando foi estabelecido o Fundo Monteiro Lobato. Posteriormente, em 2014, fez a doação dos móveis da sala de jantar, cadeiras e cristaleira também herdados de sua mãe, filha mais velha de Lobato, para o acervo do Museu Paulista. Esses móveis, alias, eram da época do Visconde de Tremembé, avô de Monteiro Lobato.
Na última semana, a Cléo Monteiro Lobato, bisneta do autor, concedeu uma entrevista à Joice Baricalla no programa Estúdio Cidade. Confira na íntegra clicando aqui.
