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Açaí brasileiro pode virar luxo nos EUA com tarifaço

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Acai Brasileiro Pode Virar Luxo Nos EUA Com Tarifaco Scaled
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Açaí brasileiro pode virar luxo nos EUA com tarifaço

Tarifa dobrada ameaça elevar preços e frear exportações da fruta amazônica a partir de 1º de agosto

 

A partir da próxima sexta-feira (1º), os EUA aplicarão uma tarifa de 50% sobre quase todas as importações brasileiras, incluindo a polpa de açaí, que abastece a imensa maioria do mercado americano e impacta diretamente smoothies e tigelas populares de frutas. Atualmente, uma tigela de açaí em Nova York varia entre US$ 13 e US$ 18, e especialistas prevêem que os preços se tornem inacessíveis para a maior parte dos consumidores. A imposição do imposto poderá transformar o açaí em um item de luxo nos EUA — fenômeno já observado nos comentários de varejistas como Ashley Ibarra, gerente da Playa Bowls em Manhattan.

A redução de competitividade gerará cancelamentos de contratos e suspensão de embarques, especialmente no Pará, principal polo exportador — responsável por 75% das exportações para os EUA. Em 2025, foram exportadas cerca de 15 mil toneladas do fruto, gerando receitas de US$ 57,9 milhões — das quais US$ 43,6 milhões vinham dos americanos. Pequenos produtores e processadoras regionais já manifestam preocupação com possíveis encerramentos de atividades e perda de renda.

Tarifa faz parte de agenda protecionista de Trump

A imposição da medida, anunciada por Donald Trump em julho, faz parte de uma política mais ampla de tarifas punitivas, com justificativas políticas ligadas ao julgamento do ex‑presidente Bolsonaro. Os Estados Unidos alegam desequilíbrio comercial com o Brasil, apesar de registrarem superávit de US$ 7,4 bilhões em 2024.

Resposta do Brasil e contestações diplomáticas

O governo brasileiro pretende reagir com a chamada Lei de Reciprocidade Comercial, que permite retribuir medidas unilaterais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou crédito emergencial para até 10 mil empresas afetadas, além de manter abertura ao diálogo. O presidente Lula reforçou que o Brasil fez dez tentativas de negociação, inclusive carta enviada em 16 de maio, sem resposta oficial da parte americana.

Ameaça à cadeia agrícola brasileira

Além do açaí, setores como café, suco de laranja, carne bovina, peixe, manga e uvas já sentem impacto. Exportadores têm suspendido embarques e cancelado contratos por inviabilidade econômica da tarifa. Para o mercado de suco de laranja, que abastece cerca de 90% da demanda dos EUA e é dominado por exportações brasileiras, o novo tributo representa um risco crítico.

Impactos ao consumidor final e panorama global

Nos Estados Unidos, consumidores poderão enfrentar elevação nos preços do café, suco de laranja e açaí, itens essenciais do café da manhã americano. O cenário também pressiona outras cadeias de valor e evidencia os efeitos amplos da proteção comercial unilateral.

 

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