Apenas 25 cidades concentram mais de um terço do PIB do Brasil, aponta IBGE

A lista dos 25 municípios mais ricos do Brasil é composta majoritariamente por capitais e cidades das regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Eduardo Fogaça

Publicado em: 24 de dezembro de 2025

4 min.
Apenas 25 cidades concentram mais de um terço do PIB do Brasil, aponta IBGE. Foto: Divulgação/Governo de SP

Apenas 25 cidades concentram mais de um terço do PIB do Brasil, aponta IBGE. Foto: Divulgação/Governo de SP

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil segue marcado por uma forte concentração geográfica. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que apenas 25 municípios foram responsáveis por 34,2% de toda a riqueza produzida no país em 2023. O levantamento, realizado em parceria com órgãos estaduais, mapeia a soma de todos os bens e serviços gerados em território nacional e evidencia o desequilíbrio econômico entre as cidades brasileiras.

No topo do ranking permanecem São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, que continuam como os principais polos econômicos do país. Segundo o IBGE, esse trio lidera desde o início da série histórica, em 2002. Apesar da manutenção das primeiras posições, o estudo aponta um movimento gradual de desconcentração: ao longo das últimas duas décadas, essas capitais vêm perdendo participação relativa no total do PIB nacional.

Capitais dominam ranking, mas interior ganha espaço

A lista dos 25 municípios mais ricos do Brasil é composta majoritariamente por capitais e cidades das regiões Sudeste e Centro-Oeste. Ao todo, o ranking reúne:

  • 11 capitais estaduais;
  • 9 municípios do estado de São Paulo;
  • 4 municípios do Rio de Janeiro;
  • 1 município de Minas Gerais.

Quando o recorte é ampliado, o cenário de concentração fica ainda mais evidente. Apenas 100 municípios brasileiros concentram 52,9% de todo o PIB do país, enquanto mais de 5.500 cidades dividem menos da metade da riqueza nacional.

Produção econômica além das capitais

A análise do IBGE também revela a distribuição entre capitais e municípios do interior. Em 2023, as capitais brasileiras, somadas ao Distrito Federal, responderam por 28,3% da atividade econômica nacional. Já os municípios que não são capitais concentraram a maior parcela da produção, com 71,7% do PIB.

Esse dado reforça uma mudança gradual no perfil da economia brasileira, com crescimento relativo do interior, impulsionado por setores como agronegócio, indústria descentralizada e serviços regionais. Ainda assim, o estudo destaca que a desigualdade regional permanece elevada e segue como um dos principais desafios estruturais do país.


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