Balneário Camboriú foi selecionada pelo Governo Federal para receber investimentos do Novo PAC destinados à construção de uma nova Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) modular, projeto apresentado pela Prefeitura por meio da Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa). O anúncio foi feito nesta quarta-feira (10) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O investimento total previsto chega a R$ 95,2 milhões, sendo R$ 90,4 milhões em recursos federais e R$ 4,7 milhões de contrapartida do Município. A nova estação terá capacidade inicial de tratamento de 300 litros por segundo, em nível terciário, garantindo maior eficiência na remoção de poluentes e no cuidado com rios e com o mar.
Tecnologia moderna e salto na capacidade de tratamento
Para o diretor-presidente da Emasa, Auri Pavoni, o avanço representa uma mudança estrutural para o saneamento de Balneário Camboriú. Ele destaca que a nova ETE substituirá a lagoa por tanques metálicos e adotará a tecnologia MBBR, mais moderna e eficiente do que o atual sistema de lodo de aeração prolongada.
Segundo Auri, o projeto foi desenvolvido em etapas para preparar o município para o futuro. A segunda fase prevê a desativação completa da lagoa de aeração, reduzindo impactos ambientais e aumentando a segurança operacional.
Investimentos acumulados no saneamento
Em 2025, a Emasa enviou ao Governo Federal vários projetos voltados à ampliação dos sistemas de água e esgoto. Como resultado, o município já havia sido contemplado com R$ 73 milhões a fundo perdido para implantação do Parque Inundável do Rio Camboriú, obra estratégica para garantir segurança hídrica de toda a bacia.
O diretor técnico da Emasa, Jefferson Andrade, destaca que os investimentos se complementam: enquanto o Parque Inundável fortalece o abastecimento de água, a nova ETE avança na eficiência do tratamento de esgoto. “Protegemos a fonte e devolvemos ao meio ambiente um efluente cada vez mais bem tratado”, afirma.
Próximos passos
Com a aprovação do projeto no Novo PAC, a Prefeitura e a Emasa iniciam agora as etapas de formalização do financiamento, preparação dos processos licitatórios e, em seguida, o início das obras. A nova ETE também auxiliará o município no cumprimento das metas do marco legal do saneamento, contribuindo para o avanço rumo à universalização dos serviços.
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