Criciúma
Carvão em Criciúma: mineração que moldou a economia
O setor foi responsável não apenas pelo crescimento econômico da região, mas também pela formação cultural e social da cidade
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Criciúma tem sua história profundamente ligada à mineração do carvão mineral. O setor foi responsável não apenas pelo crescimento econômico da região, mas também pela formação cultural e social da cidade, influenciando sua urbanização e o desenvolvimento de infraestrutura.
O carvão mineral começou a ser explorado em Criciúma no final do século XIX, mas foi no início do século XX que a atividade ganhou maior expressão econômica. A chegada de imigrantes italianos, alemães e poloneses ajudou a consolidar a indústria carbonífera, tornando-a um dos pilares da economia local.
A mineração impulsionou a construção de ferrovias, rodovias e um sistema industrial robusto, criando novas oportunidades de emprego e atraindo mais trabalhadores para a região.
O auge da indústria carbonífera
O período entre as décadas de 1940 e 1980 marcou o auge da mineração do carvão em Criciúma. A Segunda Guerra Mundial e a industrialização do Brasil aumentaram a demanda por carvão como fonte de energia, e Criciúma tornou-se um dos principais fornecedores do país. Empresas mineradoras se expandiram e modernizaram seus processos, gerando milhares de empregos diretos e indiretos.
Nesse período, a cidade cresceu rapidamente, com a mineração influenciando diretamente a formação de bairros operários, escolas e hospitais voltados para os trabalhadores do setor.
Declínio e impactos
A partir dos anos 1990, a mineração entrou em declínio devido a mudanças econômicas e ambientais, além da transição para outras fontes de energia. Com isso, muitas empresas reduziram ou encerraram suas atividades, impactando diretamente a economia local.
Por outro lado, Criciúma soube se reinventar. A cidade diversificou sua economia, investindo em setores como a indústria cerâmica, confecções e serviços. Hoje, ainda há mineração na região, mas em menor escala e com maior controle ambiental.
Legado e preservação histórica
Mesmo com o declínio da mineração, seu legado continua vivo em Criciúma. O Museu do Carvão, localizado na Mina de Visitação Octávio Fontana, preserva a memória dos mineiros e da indústria que moldou a cidade. Além disso, eventos e festivais culturais mantêm viva a história dos trabalhadores que ajudaram a construir Criciúma.
Hoje, Criciúma é uma cidade moderna e dinâmica, que soube transformar sua história em uma base sólida para o futuro. A mineração do carvão pode ter perdido seu protagonismo econômico, mas sua influência ainda está presente na identidade e no desenvolvimento da região.