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Classe média brasileira emperra na ascensão social

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Classe Media Brasileira Emperra Na Ascensao Social Scaled
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Classe média brasileira emperra na ascensão social

Falta de planejamento financeiro e consumo por status travam avanço para a classe média alta

Embora represente cerca de 50% da população do país, a classe média brasileira encontra dificuldades para ascender socialmente. De acordo com especialistas, comportamentos financeiros mal orientados e a busca por um padrão de vida acima das possibilidades impedem o avanço rumo à classe média alta.

Segundo dados do Instituto Locomotiva, a maior parte da classe média no Brasil tem renda entre R$ 2.000 e R$ 8.000, mas vive sob constante aperto orçamentário. O problema não é apenas a renda limitada, mas o modo como ela é administrada. Itens como parcelamentos longos, uso indiscriminado do cartão de crédito e ausência de reserva financeira compõem um cenário recorrente.

Para o economista e planejador financeiro pessoal Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), a principal armadilha é o consumo para manter aparência. “Boa parte das famílias se endivida em busca de status, como carros novos ou viagens parceladas, sem criar patrimônio de longo prazo”, afirma.

Outro erro recorrente é a negligência com a aposentadoria. Segundo pesquisa do SPC Brasil, mais de 60% da população não tem nenhum tipo de investimento para o futuro. Além disso, a educação financeira ainda é pouco presente no sistema educacional, o que perpetua hábitos inadequados de geração em geração.

Mesmo com acesso à informação e a produtos financeiros, a classe média pouco investe. O medo de perder dinheiro e o desconhecimento de opções como Tesouro Direto, previdência privada e fundos de investimento ainda afastam boa parte dessa população das oportunidades de crescimento patrimonial.

A saída, de acordo com os especialistas, está em uma mudança cultural: entender a diferença entre renda e patrimônio, criar metas de longo prazo e buscar educação financeira contínua. Programas gratuitos oferecidos por instituições como o Banco Central, o Sebrae e cooperativas de crédito têm se mostrado ferramentas eficazes para quem busca mudar de patamar social com segurança.

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