Israel e Irã anunciam vitória e sinalizam fim de guerra
Após 12 dias de ataques mútuos, trégua inesperada foi acertada com mediação dos EUA
Israel e Irã declararam nesta terça-feira (24) uma vitória política e indicaram o fim do conflito que se estendeu por 12 dias, após uma frágil trégua mediada pelos Estados Unidos. O cessar-fogo foi anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que interveio para impor o fim dos bombardeios.
O premiê israelense Benjamin Netanyahu classificou a trégua como “vitória histórica”, afirmando que o programa nuclear iraniano foi “condenado à ruína”, assim como a rede de mísseis balísticos. Já o presidente iraniano Masoud Pezeshkian anunciou o fim da guerra em sua fala, declarando que o Irã obteve “grande vitória” e se disse disposto a retomar negociações sobre o programa nuclear.
Relatórios iniciais da inteligência dos EUA, entretanto, indicam que os ataques não eliminaram por completo as instalações nucleares do Irã — segundo fontes, o programa pode ter sido atrasado apenas por alguns meses. No entanto, o governo norte-americano insistiu que os bombardeios “degradaram significativamente” a capacidade iraniana.
A trégua, embora acolhida com alívio internacional, já enfrentou barreiras: ambos os lados relataram violações pontuais, e Donald Trump se manifestou criticando Israel por retaliações ocorridas após o cessar-fogo. Apesar disso, até o início da noite de terça, o cessar-fogo permanecia em vigor, marcando um alto plausível, ainda que instável, das hostilidades.
Contexto rápido:
O confronto começou em 13 de junho, com ataques aéreos israelenses a instalações nucleares, seguido de retaliação iraniana com mísseis e drones.
Estima-se que mais de 400 pessoas tenham morrido, especialmente iranies, e centenas ficaram feridas.
A ofensiva americana, com bombardeios sobre instalações subterrâneas iranianas, foi peça central na mediação da trégua.