O mercado de babás de elite nos Estados Unidos tem se consolidado como um dos nichos mais seletivos e bem remunerados do setor de serviços domésticos de alto padrão. Nesse universo, profissionais brasileiras ganharam espaço ao atender famílias bilionárias e celebridades, com salários que podem ultrapassar a marca de R$ 1 milhão por ano.
Um dos casos que chama atenção é o de Helena Heames, de 43 anos. Brasileira, ela construiu carreira cuidando dos filhos da elite norte-americana e chegou a receber remuneração anual milionária, conforme reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo. Atualmente, Helena vive nos Estados Unidos com a filha e o marido norte-americano e direciona sua experiência para novos projetos profissionais.
Um mercado restrito e altamente valorizado
O segmento de serviços domésticos de luxo nos EUA não se resume às babás. Mordomos, governantas, chefs, motoristas e assistentes pessoais fazem parte de um mercado estruturado há décadas, voltado a famílias com alto poder aquisitivo. No Brasil, esse setor também cresce e já registra salários que podem chegar a R$ 60 mil mensais para profissionais altamente qualificados.
No topo desse mercado, a exigência é proporcional à remuneração. Reportagem do The New York Times, publicada em 2012, revelou que a babá brasileira Zenaide Munetton recebia US$ 180 mil por ano — valor superior ao salário inicial de muitos recém-formados em cursos de MBA nos Estados Unidos.
Benefícios que vão além do salário
Além dos altos rendimentos, as babás de elite têm acesso a experiências incomuns para a maioria dos profissionais. Helena relata ter frequentado resorts de luxo, viajado em jatinhos particulares, dirigido carros exclusivos e convivido com pessoas que costumam figurar em tapetes vermelhos e eventos internacionais.
Apesar do glamour associado à função, ela ressalta que o acesso a esse universo exige preparo, discrição e extremo profissionalismo. “Ser selecionada como babá de luxo é mais difícil do que entrar em Harvard”, ouviu de uma ex-patroa, ao conhecer o mercado.
Seleção rigorosa e perfil profissional
Os processos seletivos são descritos como longos e minuciosos. Segundo Helena, as famílias realizam análises detalhadas do histórico de vida dos candidatos, avaliações psicológicas, testes práticos, simulações de rotina, checagens criminais e entrevistas com consultores externos e membros da família.
Mesmo diante desse rigor, profissionais experientes conseguem negociar condições vantajosas, como salários acima de US$ 100 mil por ano, escolha do local de trabalho e definição da carga horária. Helena atuou em estados como Califórnia, Nova York e Los Angeles.
Ela atribui seu sucesso à capacidade de manter a calma sob pressão, à organização rigorosa e ao cuidado com a rotina das crianças. Certificações em primeiros socorros, segurança, desenvolvimento infantil e conhecimentos culturais também são diferenciais valorizados.
Entre seus empregadores estiveram famílias mundialmente conhecidas, como os Kardashian. Sobre esse período, Helena prefere manter discrição e resume a experiência com uma frase: “Nunca fiz selfie, nem pedi para tirar foto”.
Novos caminhos no setor
Após anos atuando diretamente como babá, Helena decidiu investir em uma consultoria voltada à educação parental. A proposta é compartilhar conhecimento e formar novos profissionais para o mercado de alto padrão, além de divulgar orientações nas redes sociais desde outubro.
Ela costuma reforçar que, apesar da alta remuneração, o principal requisito para ingressar na área continua sendo simples: gostar de crianças e ter paciência. O mercado segue aquecido. Vagas recentes em Manhattan oferecem entre US$ 30 e US$ 35 por hora, o equivalente a até R$ 31 mil mensais, enquanto algumas posições chegam a pagar cerca de R$ 462 mil por ano.
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