O setor portuário brasileiro deve receber R$ 96,7 bilhões em investimentos até 2030, somando recursos públicos e privados. O anúncio foi feito durante o congresso técnico Portos & Costas Brasil 2025, realizado em Itajaí, e revela um ciclo de expansão considerado histórico para a infraestrutura do país.
De acordo com a Secretaria Nacional de Portos, os projetos incluem dragagens, concessões, novos terminais e obras estruturantes. Atualmente, os portos já respondem por cerca de 26% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, movimentando mais de 780 milhões de toneladas de cargas apenas entre janeiro e julho deste ano.
Santa Catarina concentra grandes aportes
O estado de Santa Catarina terá papel estratégico nesse pacote, com investimentos de R$ 5,3 bilhões. Entre as principais obras previstas estão a dragagem do canal da Babitonga, em Itapoá (R$ 300 milhões); o reforço do molhe de abrigo de Imbituba (R$ 87 milhões); o Terminal de Granéis de Santa Catarina (R$ 884,2 milhões); o Terminal Graneleiro da Babitonga (R$ 1,15 bilhão); o arrendamento para fertilizantes no Porto de Imbituba (R$ 30,1 milhões); e a concessão dos serviços portuários do Porto de Itajaí (R$ 2,83 bilhões).
Também estão previstas melhorias em acessos rodoviários e infraestrutura de apoio: R$ 17 milhões para o Porto de Imbituba, R$ 12,6 milhões para São Francisco do Sul, R$ 14 milhões para acessos viários no Sul do estado e R$ 2,2 milhões para um novo posto avançado da Marinha em Imbituba.
Obras de impacto nacional
Entre os projetos de maior destaque está o Túnel Santos-Guarujá, considerado o maior investimento em transporte do Brasil. A obra, avaliada em R$ 6,8 bilhões, terá 1,5 km de extensão com seis faixas de tráfego, ciclovia, passagem de pedestres e integração com o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O início da construção está previsto para 2026, com concessão de 30 anos.
Outro ponto relevante é a primeira concessão de dragagem do Canal de Acesso do Porto de Paranaguá (PR), estimada em R$ 1,23 bilhão em investimentos diretos (CAPEX) e R$ 2,35 bilhões em operação e manutenção.
Até 2030, mais R$ 3,7 bilhões devem ser aplicados em dragagens em portos públicos. Segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), os aportes no setor já representam 2,2% do PIB federal, consolidando o modal aquaviário como essencial para a competitividade e a sustentabilidade do país.
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