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Retrospectiva: deslizamento colocou Morro dos Cavalos no radar do Governo

Economia
Retrospectiva deslizamento colocou Morro dos Cavalos no radar dos governos
Foto: Divulgação

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Retrospectiva: deslizamento colocou Morro dos Cavalos no radar do Governo

Parlamentares e entidades se mobilizam prol de solução definitiva para o trecho na BR-101

Um deslizamento de terra causado pelo alto volume de chuva na noite do dia 13 de abril de 2024, na altura da BR-101 em Palhoça, fez com que o Morro dos Cavalos voltasse a ser um assunto no radar do Governo Federal. A queda de barreiras, seguida do afundamento da pista e da abertura de crateras, resultou na interrupção completa do trânsito por praticamente três dias e fez com que setores públicos e privados se mobilizassem a partir de uma certeza: o bloqueio não poderia voltar a ocorrer.

Por mais de 48 horas, as regiões Norte e Sul de Santa Catarina ficaram praticamente isoladas uma da outra. Motoristas que quisessem sair do sul em direção ao norte do estado precisavam desviar por rodovias estaduais em condições precárias ou dar uma longa volta pela região serrana. Aqueles que já estavam na estrada naquele momento, acabaram trancados em uma fila quilométrica.

A preocupação pela interrupção do trânsito na altura do Morro dos Cavalos atingiu não apenas pessoas físicas, como, também, jurídicas. Se moradores daquela região ficaram sem conseguir cruzar a BR-101 para ir ao trabalho ou para demais compromissos, empresas se preocuparam com o atraso na entrega de cargas.

Preocupação econômica após o bloqueio do Morro dos Cavalos

Na época, a Associação Catarinense de Supermercados (Acats) chegou a se manifestar alegando que acompanhava com atenção o bloqueio no Morro dos Cavalos – até então sem data para acabar. A preocupação era de que houvesse o desabastecimento de alguns produtos nas prateleiras e, até mesmo, que alimentos perecíveis pudessem estragar na estrada.

A partir de então, entidades representantes dos mais variados setores passaram a se reunir em torno do Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (COFEM) para cobrar soluções com relação ao trecho da BR-101. Reuniões entre lideranças empresariais, deputados e senadores catarinenses e representantes da Agência Nacional de Trânsito e Transportes (ANTT) se tornaram mais frequentes e resultaram em um encaminhamento: a discussão da construção de um túnel para o Morro dos Cavalos.

Parlamentares acompanham a discussão do túnel

Parlamentares catarinenses acompanharam de perto as discussões sobre a construção de um túnel para o Morro dos Cavalos. Geovania de Sá, deputada federal de Criciúma, participou de boa parte dessas reuniões e relatou a escalada das soluções com relação ao trecho da BR-101.

“Pegamos essa pauta e ficamos em reuniões com o ministro Renan [de Transportes]. Com a bancada do Fórum Catarinense, discutimos seriamente essa questão para garantir no orçamento federal a inclusão da construção do túnel do Morro dos Cavalos. Trabalhamos em todas essas reuniões e, na última que tivemos, conseguimos confirmar essa demanda importante de incluir no orçamento do Governo Federal”, declarou Geovania.

Ainda de acordo com a deputada, o Governo Federal deu luz verde para a inclusão da Arteris Litoral Sul, concessionária que administra a BR-101 entre Palhoça e Garuva, no programa de exploração de rodovias – para que possa fazer a obra do Túnel do Morro dos Cavalos. A Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), no entanto, defende que a CCR Via Costeira seja responsável pelo investimento.

O que resta para o túnel ser construído?

As discussões para a construção de um túnel do Morro dos Cavalos avançou em menos de um ano o que não havia avançado na última década. Ainda assim, segundo Geovania, essa não é uma pauta que irá se esgotar em 2025. O custo para realização da obra gira em torno de R$ 1 bilhão.

“O que tem para acontecer agora é a revisão do plano de ação e adequar o orçamento. Com certeza não é algo que se resolve de uma hora para outra. O Tribunal de Contas da União tem que autorizar, senão não acontece. Assim que o TCU analisar todo orçamento e tudo que vai ser feito nesse contato, nessa nova concessão, vamos ter que trabalhar muito para que isso realmente seja feito de forma célere. Mas isso vai levar um tempo”, disse.

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