Alimentação saudável melhora desempenho escolar

A alimentação de qualidade tem ganhado destaque como fator determinante no rendimento escolar de crianças e adolescentes. Dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e estudos nacionais e internacionais apontam que refeições equilibradas, oferecidas regularmente, impactam diretamente o desempenho cognitivo, a frequência e a participação dos estudantes nas atividades escolares.

No Brasil, a gestão qualificada da merenda escolar tem sido apontada como um caminho viável para garantir esse equilíbrio nutricional, especialmente na rede pública. A presidente do Sindicato dos Nutricionistas de Santa Catarina (Sinusc) e da Federação Nacional dos Nutricionistas (FNN), Fátima Fuhro, ressalta a importância do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) nesse cenário.

“O programa cumpre um papel essencial ao unir o combate à fome com a promoção de hábitos saudáveis. Quando sua execução é feita com qualidade, os resultados são visíveis, inclusive na melhoria de indicadores como o Ideb”, afirma. Fátima também atua como conselheira do Conselho Estadual de Alimentação Escolar.

A relação entre alimentação escolar e aprendizado é reforçada por um estudo do Programa Mundial de Alimentos (WFP) em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que analisou a situação da alimentação escolar na América Latina e Caribe. Segundo a pesquisa, refeições equilibradas são fundamentais para o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional das crianças — e, consequentemente, para seu desempenho acadêmico.

“Sabemos que uma dieta pobre em nutrientes pode prejudicar habilidades como concentração e foco, essenciais para a aprendizagem”, explica Giuliane de Souza, gerente de Marketing e Vendas do Grupo Risotolândia. O grupo é referência em refeições coletivas no Sul do país. A empresa atende mais de 400 escolas em 76 cidades catarinenses, fornecendo diariamente cerca de 150 mil refeições a alunos da educação básica.

A coordenadora da empresa, Larissa Schlupp, complementa: “Na prática, observamos que estudantes bem alimentados têm maior frequência, participam mais das atividades e apresentam melhor rendimento. Além disso, uma alimentação saudável desde a infância ajuda a prevenir doenças crônicas como obesidade, diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares”.