Educação ambiental climática ganha corpo na Univali

A preocupação com os impactos da degradação ambiental sobre o clima é uma pauta que ganha cada vez mais relevância em nível global. Como não poderia ser diferente, a Universidade do Vale do Itajaí (Univali), entra nessa seara com o lançamento do projeto “Educação Ambiental Climática: Pacto Global de Jovens pelo Clima elo SC”. A iniciativa partiu da Vice-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão e da Diretoria de Extensão e Responsabilidade Social e integra o Programa Internacional Global Youth Climate Pact (GYCP).

As ações envolvem estudantes, professores e cientistas de 35 países e acontecem já no Brasil desde 2015, em seis estados. O objetivo é o engajamento das comunidades na reflexão e ação frente às mudanças climáticas, promovendo a justiça climática e a sustentabilidade.

O projeto tem o respaldo da Ecole de Hautes Études en Sciences Sociales, de Paris, e busca capacitar jovens e educadores para atuarem como agentes de transformação em suas comunidades e formar jovens cientistas. Em Santa Catarina, o projeto já mobiliza centenas de jovens em escolas da educação básica com foco no ensino médio, organizações não governamentais e professores da educação básica, com oficinas e formações sobre temas como emergências climáticas, biodiversidade e justiça climática.

“A ação faz parte do Programa Internacional Global Youth Climate Pact (GYCP), que envolve jovens, professores e cientistas de 35 países e está presente no Brasil desde 2015, em oito estados. Tem como objetivo engajar jovens, professores e comunidades na reflexão e ações frente às mudanças climáticas, promovendo inovações sustentáveis e justiça climática”, explica a professora Dra. Bruna Siqueira Santos, coordenadora estadual do Pacto Global de Jovens pelo Clima, e docente no Programa de Mestrado e Doutorado em Educação da Univali.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

O projeto tem como foco principal o ODS 13, que engloba ações contra a mudança global do clima, mas também contribui para outros Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), como educação de qualidade, redução das desigualdades e cidades sustentáveis.

Mais de 1,2 mil jovens e 60 professores de Penha, São João do Itaperiú, Itajaí, Biguaçu, Balneário Camboriú e Camboriú devem ser impactados pelo projeto. Nesses municípios foram identificados desafios como poluição marítima, desmatamento, assoreamento de rios e problemas de saneamento básico. Além disso, contribuirá para a formação de cidadãos críticos e conscientes, capacitados para enfrentar os desafios climáticos e promover práticas sustentáveis.

O projeto prevê ainda a criação do Observatório de Educação Ambiental e Emergências Climáticas, que será um centro de monitoramento e informação que servirá como base para políticas públicas e capacitação de jovens e professores. Também entra no escopo a produção de materiais didático-pedagógicos, como livros, histórias em quadrinhos, e-books e arte digital, para serem utilizados no ensino e na conscientização sobre mudanças climáticas.

Outro ponto relevante é que uma comitiva envolvendo jovens participantes poderá participar da Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP 30) e compartilhar suas experiências e soluções.

Foto: Imagem Ilustrativa/Freepik

O projeto surge como uma resposta à necessidade de integrar a educação ambiental climática ao currículo escolar, antecipando a Lei 14.926/2024, que determina que a partir de 2025, a abordagem de temas como mudanças climáticas e proteção da biodiversidade nas escolas brasileiras.

Além da Univali e Ecole de Hautes Études en Sciences Sociales, o projeto é apoiado pela Universidade Pontifícia Católica de Santiago, Chile, além de outras instituições internacionais, que compõem uma rede global de colaboração fortalece o seu impacto e contribui para um futuro mais resiliente e ambientalmente justo.