Educação
Mulher é acusada de fraude em diplomas em SC
A ex-servidora atuou em cargos na educação sem ter formação exigida das redes municipal e estadual de ensino, entre 2021 e 2025
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) entrou com uma ação civil pública por improbidade administrativa contra uma ex-servidora que teria ocupado cargos na área da educação usando documentos falsos. A mulher atuou como Gerente de Educação Especial em Blumenau e como professora na rede estadual entre 2021 e 2025, sem possuir diploma válido em Pedagogia.
De acordo com a 6ª Promotoria de Justiça da cidade, a ex-servidora apresentou diplomas e certificados de uma licenciatura que nunca concluiu. Investigações apontam que ela chegou a se matricular na Uniasselvi, mas foi reprovada em várias disciplinas e abandonou o curso. A própria universidade confirmou que ela nunca obteve o título e não reconhece os documentos apresentados por ela ao poder público.
A fraude teria gerado um enriquecimento ilícito estimado em mais de R$ 243 mil, valor recebido ao longo dos anos nos cargos que exigiam a formação específica. O Ministério Público pede que a ex-servidora devolva os valores recebidos indevidamente, tenha os bens bloqueados e os direitos políticos suspensos, além do pagamento de multa.
A denúncia foi aceita pela Justiça e a acusada já foi citada para apresentar sua defesa. O caso também é investigado na esfera criminal, com dois inquéritos em andamento por falsificação de documentos na 1ª Delegacia de Polícia de Blumenau.
Segundo o promotor Rodrigo Andrade Viviani, o caso vai além do uso de documentos falsos. “Trata-se de uma fraude continuada que feriu gravemente a moralidade administrativa. Cargos estratégicos foram ocupados sem qualificação, afetando a qualidade do ensino público”, destacou.