A presidente da Fundação Municipal de Educação de Tubarão, Marlise Nunes, respondeu nesta quarta-feira (29) as críticas feitas na Câmara de Vereadores sobre os gastos públicos e a falta de vagas em creches no município. Em entrevista ao programa conduzido por Milton Alves, Marlise rebateu as informações apresentadas pelos vereadores, defendeu a gestão da pasta e se posicionou contra a terceirização total da educação infantil.
O debate ganhou força após o vereador Maurício da Silva (Progressistas) questionar, em sessão legislativa, o retorno da fila de espera por vagas e a diferença de custos entre a rede municipal e a privada. Segundo o parlamentar, cada aluno da rede particular credenciada custa cerca de R$ 840 mensais, o que representaria uma economia de R$ 9,4 milhões em 2024.
Marlise, no entanto, contesta a análise. A gestora afirmou que o cálculo dos vereadores está baseado em números incorretos e apresentou um levantamento que mostra diferenças de até R$ 12 milhões entre os valores empenhados e os efetivamente pagos com folha de pessoal no ano de 2023. “No balanço entregue à câmara, o valor total da folha foi de R$ 84,5 milhões, e não de R$ 97 milhões, como consta no requerimento. Além disso, parte desse montante não chegou a ser paga”, destacou.
A presidente também criticou o modelo de expansão de vagas baseado exclusivamente na rede privada. Em 2024, segundo ela, R$ 20 milhões foram destinados à compra de vagas em creches particulares, enquanto unidades públicas apresentavam salas e vagas ociosas. “Não podemos esquecer nossa rede municipal. Se terceirizarmos tudo, o que faremos com os prédios públicos e com os profissionais concursados?”, questionou.
Marlise afirmou ainda que a prioridade da gestão é fortalecer a estrutura pública de ensino e garantir o uso eficiente dos recursos. “Sou contra a terceirização total. A rede privada tem seu papel, mas o compromisso do município é com a educação pública de qualidade”, completou.
O tema deve continuar em debate nos próximos meses, já que a Câmara de Vereadores aprovou um requerimento (R. 1052/2025) pedindo explicações formais da fundação sobre os prazos para regularização das vagas e o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente.
 
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