Chapecoense: nove anos após o acidente, memória segue viva

Cidade revive memórias do voo LaMia 2933 e destaca trajetória dos sobreviventes e legado do clube

Vitor Wolff

Publicado em: 28 de novembro de 2025

4 min.
Chapecó relembra tragédia da Chapecoense nove anos após acidente aéreo - Foto: Reprodução/Chapecoense

Chapecó relembra tragédia da Chapecoense nove anos após acidente aéreo - Foto: Reprodução/Chapecoense

Chapecó amanheceu nesta sexta-feira, 28 de novembro, em clima de memória e respeito pelas 71 vítimas do acidente com o voo LaMia 2933, ocorrido em 2016 na Colômbia. A delegação da Chapecoense viajava para a final da Copa Sul-Americana quando a aeronave caiu por falta de combustível, deixando apenas seis sobreviventes.

Como foi o acidente

A investigação apontou que o avião decolou da Bolívia com combustível no limite e sem reserva obrigatória. A tripulação deixou de realizar uma parada técnica para reabastecimento, e a pane seca causou falha elétrica minutos antes do pouso em Medellín. O avião caiu na região de La Unión, onde a maioria dos ocupantes morreu no impacto.

A tragédia gerou forte comoção mundial. O Atlético Nacional, adversário da final, pediu à Conmebol que a Chapecoense fosse declarada campeã, e clubes brasileiros ofereceram apoio imediato, incluindo empréstimo gratuito de jogadores.

Trajetória recente do clube

A data ganha peso adicional neste ano. Pouco antes de completar nove anos da tragédia, a Chapecoense assegurou o retorno à Série A do Campeonato Brasileiro ao vencer o Atlético Goianiense por 1 a 0, na Arena Condá.

O destino dos sobreviventes

Seis pessoas sobreviveram ao acidente:

  • Neto (zagueiro): foi o último a ser resgatado com vida. Tentou voltar aos gramados, mas não conseguiu. Vive em Chapecó e atua em eventos e palestras.
  • Jakson Follmann (goleiro): teve a perna direita amputada. Tornou-se cantor, palestrante e embaixador de projetos esportivos e sociais.
  • Alan Ruschel (lateral): conseguiu retomar a carreira. Após passagens por Goiás, Cruzeiro, América-MG e Londrina, integra o elenco do Juventude e disputou 25 jogos em 2025.
  • Rafael Henzel (jornalista): retornou ao trabalho e lançou um livro sobre a experiência. Morreu em 2019 após um ataque cardíaco.
  • Ximena Suárez e Erwin Tumiri (tripulantes): voltaram à Bolívia e retomaram suas atividades após recuperação.

A cada ano, Chapecó reforça o compromisso de manter viva a memória da delegação que marcou a história do clube e do esporte mundial.


FIQUE BEM INFORMADO:
Fique por dentro do que acontece em Santa Catarina!
Entre agora no nosso canal no WhatsApp e receba as principais notícias direto no seu celular.
Clique aqui e acompanhe.



× SCTODODIA Rádios