Futebol
“Injustiça fiscal”, diz Vaguinho sobre ISS tricolo
Prefeito afirma que, por ele, cobrança não existiria
Uma cobrança que passa um milhão de reais referente ao ISS, Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, gerou dúvidas entre torcedores do Criciúma Esporte Clube na última terça-feira (04). No dia nove de outubro de 2024, o Tigre foi notificado sobre uma suposta “dívida” inserida sobre o sócio-torcedor. O atual prefeito de Criciúma, Vagner Espíndola (o Vaguinho) discorda dessa arrecadação.
Vaguinho explicou, em entrevista a Rádio Cidade em Dia, que o lançamento da notificação ocorreu quando ele ainda não era líder do Poder Executivo municipal, mas que prontamente, uma vez tomando posse no início de 2025, buscou se informar sobre o tema. “Assim que o assunto veio à tona, liguei para a secretária da Fazenda, Marluci Freitas Bitencourt Vitali, e para o diretor executivo da Receita Municipal do município, Felipe Tavares”, revelou.
O prefeito aclarou que cada sócio do Tricolor Carvoeiro paga uma mensalidade para o clube e é sobre esse valor que existe a cobrança. “No entendimento de um dos nossos auditores fiscais, na tese dele, o Criciúma deve esse valor. Mas a tese não é unanimidade entre os auditores do município”, esclareceu.
Ele afirmou que a tese também é abordada em outros municípios Brasil a fora, “é uma discussão atual”, disse. “Respeito a decisão do auditor que fez a notificação, mas ela foi totalmente isolada, nem foi dividida com o próprio diretor da Receita”, completou.
Como está a situação?
O Tigre apresentou a defesa ainda no ano passado e o chefe do Poder Executivo expos que o clube tem duas instâncias para recorrer a decisão, sendo que a primeira é no código municipal do contribuinte. Vaguinho também se colocou à disposição do Criciúma e afirmou considerar “que essa cobrança não é devida”, entendimento que ele mesmo chegou após ler o processo.
Outrossim, ele ponderou que como prefeito tem a “responsabilidade quanto a legalidade de todos os atos” e que encaminhou para o clube todas as informações necessárias sobre o caso, para que o time “possa apresentar defesa dentro da legalidade e não seja prejudicado”.
“Aquilo que falamos em justiça fiscal, o clube está pagando”, afirmou Vaguinho sobre o ISS da bilhetagem comum (ingressos dos não associados). Quanto a cobrança sobre o sócio-torcedor, ele posicionou-se contrário, “a meu ver, estamos praticando uma injustiça fiscal”, afirmou.