Polêmica na arbitragem: FCF explica decisão

O diretor de arbitragem da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Kléber Lúcio Gil, concedeu uma coletiva nesta segunda-feira (24), para esclarecer as decisões tomadas pelo árbitro Bráulio da Silva Machado na partida entre Caravaggio e Barra, válida pela 11ª rodada do Campeonato Catarinense 2025.

Durante a partida, um lance gerou polêmica após Bráulio ter anulado um gol do Barra, criando inicialmente confusão entre jogadores e espectadores que acreditavam que o gol havia sido validado. Kléber explicou que houve um erro de comunicação por parte do árbitro, destacando que, apesar da falha no gestual, a decisão técnica estava correta segundo a regra do jogo.

“O árbitro pode rever suas decisões enquanto ainda estiver no campo de jogo, mesmo após o apito final, desde que não tenha deixado o campo. Nesse caso específico, Bráulio e sua equipe permaneceram no gramado, e a decisão final foi tomada ali mesmo, dentro das normas previstas”, esclareceu Kléber.

Kléber ainda pontuou que os árbitros assistentes têm a função de auxiliar o árbitro principal, oferecendo informações adicionais caso tenham melhor visão sobre os lances. Sobre o gol anulado, ele explicou tecnicamente o lance: “O atacante se projetou sobre o goleiro, tirando seu braço da jogada e impedindo-o de alcançar a bola. Portanto, foi corretamente marcado falta no goleiro.”

Apesar da decisão correta, Kléber reconheceu que houve falha no procedimento gestual, o que gerou toda a confusão. “O maior erro foi a comunicação. O árbitro deveria ter sinalizado claramente a falta e mostrado a decisão ao público e aos jogadores, evitando mal-entendidos”, afirmou.

Kléber também esclareceu que o árbitro Bráulio não registrou detalhes do lance na súmula porque não há exigência para isso, já que o episódio foi decidido em campo. Sobre possíveis punições ao árbitro, Kléber afirmou que “a maior punição que um árbitro pode receber é não ser escalado para jogos futuros”, garantindo que o departamento está avaliando o desempenho geral do árbitro na competição.

Ele também descartou qualquer possibilidade de paralisação do campeonato, frisando que essa decisão caberia exclusivamente ao departamento jurídico e ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD). Sobre a ausência do árbitro de vídeo (VAR) em todos os jogos da rodada, Kléber explicou que o uso da tecnologia nas partidas da primeira fase é opcional, dependendo da solicitação e pagamento pelos próprios clubes.