Futebol
“Qual é o limite?” questiona assessor do Tigre
Testemunhas afirmam que além do ato racista, alguns torcedores do Brusque ameaçaram profissionais da imprensa e do Criciúma
A ofensa racista sofrida pelo goleiro Caíque, do Criciúma, durante partida válida pela oitava rodada do Campeonato Catarinense 2025, não foi o único caso de desrespeito oriundo de torcedores do Brusque. Segundo testemunhas que estavam em campo, fãs do Marreco também ofenderam e ameaçaram profissionais da imprensa e do clube visitante.
O setorista do Criciúma pela rádio Cidade em Dia, Marco Búrigo, alegou que copos de cervejas foram atirados em direção a imprensa criciumense em mais de uma ocasião. “No gol do Brusque, jogaram um copo de cerveja em mim. Na volta do intervalo, a gente [repórteres] tem que trocar o lado do campo do qual acompanhamos o jogo, nesse trajeto, arremessaram outros copos e um deles me atingiu em cheio”, afirmou.
Por meio de uma rede social, o assessor do Tricolor Carvoeiro, Celso Lúcio da Luz, relatou que copos de cerveja também foram arremessadas membros do Criciúma Esporte Clube. Em resposta ao portal SCTodoDia, ele revelou que a situação ocorreu em fevereiro de 2023 e que foi relatada, na época, a direção do Brusque e a Federação Catarinense de Futebol (FCF), mas, segundo Celso, nada foi feito.
Sobre o episódio do último sábado (08), ele afirmou que além da ofensa racista dirigida a Caíque, xingamentos e ameaças foram proferidos por parte de alguns fãs do Quadricolor a membros do Criciúma. “Qual é o limite? Agressão física?” questionou Celso. Ele ainda enfatizou que quando os atletas, o pessoal do staff carvoeiro e a comissão do clube se dirigiam ao vestiário após a partida passaram por uma “cusparada”, o que ele pontuou inaceitável, visto que pode se tornar algo pior em um próximo confronto entre as equipes no estádio Augusto Bauer.