Ataque de capivara em Florianópolis reacende alerta sobre riscos em áreas naturais

A banhista levou 19 pontos após ser mordida no abdômen, nas nádegas e no braço, em um episódio que mobilizou especialistas e órgãos de proteção ambiental em Santa Catarina.

Eduardo Fogaça

Publicado em: 20 de dezembro de 2025

5 min.
Ataque de capivara em Florianópolis reacende alerta sobre riscos em áreas naturais. Foto: Divulgação

Ataque de capivara em Florianópolis reacende alerta sobre riscos em áreas naturais. Foto: Divulgação

O ataque sofrido pela psicóloga e escritora Fabiana Lenz, de 32 anos, enquanto mergulhava na lagoa da Praia da Lagoinha do Leste, em Florianópolis, reacendeu o alerta das autoridades ambientais sobre os riscos da aproximação de capivaras em áreas naturais. A banhista levou 19 pontos após ser mordida no abdômen, nas nádegas e no braço, em um episódio que mobilizou especialistas e órgãos de proteção ambiental em Santa Catarina.

O caso ocorreu em uma das regiões mais preservadas da capital catarinense, frequentada por turistas e moradores em busca de contato com a natureza. Apesar de serem vistas com frequência em parques, margens de rios e até áreas urbanas, capivaras continuam sendo animais silvestres de grande porte, capazes de reagir de forma agressiva quando se sentem ameaçadas, estão com filhotes por perto ou são surpreendidas em locais onde descansam e se alimentam.

Riscos de ataques e ferimentos

Especialistas explicam que mordidas de capivaras podem causar lacerações profundas, como as registradas no ataque em Florianópolis. Além da dor intensa e dos danos físicos, há risco elevado de infecções, o que torna indispensável o atendimento médico imediato após qualquer contato agressivo com o animal.

Doenças associadas às capivaras

Além dos ferimentos, a presença de capivaras em ambientes urbanos e turísticos está associada a doenças que preocupam autoridades de saúde. Entre as principais estão:

  • Febre maculosa: transmitida pelo carrapato-estrela, que tem a capivara como um de seus principais hospedeiros. A doença pode ser fatal se não tratada rapidamente.
  • Leptospirose: causada por bactérias presentes na urina de animais, que podem contaminar lagoas, trilhas e margens de rios.

Há ainda o risco de infecções bacterianas secundárias e parasitoses, especialmente em áreas onde esses animais convivem de forma próxima com seres humanos.

Aproximação entre humanos e fauna silvestre

O ataque à psicóloga evidencia um cenário cada vez mais comum em diversas regiões do país: a intensificação do contato entre pessoas e capivaras. A expansão urbana, a oferta de alimento fácil e a presença de corpos d’água favorecem a permanência desses animais próximos a áreas frequentadas pela população.

Biólogos reforçam que a aparência tranquila da espécie pode ser enganosa. Quando confrontadas, capivaras podem reagir de maneira imprevisível e agressiva.

Orientações das autoridades ambientais

Para reduzir o risco de novos incidentes, órgãos ambientais orientam a população a adotar medidas simples, mas essenciais:

  • Manter distância segura de capivaras;
  • Não tentar alimentar ou tocar nos animais;
  • Respeitar placas e sinalizações que alertam sobre a presença da fauna;
  • Redobrar a atenção em trilhas, lagoas e margens de rios.

A recomendação é clara: a convivência com a fauna nativa deve ser pautada pelo respeito e pela prudência, garantindo a segurança das pessoas e a preservação dos animais.


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