A atriz polonesa Berta Loran, conhecida por interpretar papéis humorísticos em programas como “Escolinha do Professor Raimundo” (1990) e “Zorra Total” (1990), morreu na noite desse domingo (28), aos 99 anos.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (29), a partir de um comunicado do Hospital Copa D’Or, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde a atriz estava internada.
Nascida em Varsóvia, na Polônia, Berta veio morar no Brasil aos 9 anos e sua carreira foi marcada pelo humor. Quando entrou para a Globo, em 1966, teve sua estreia no programa “Bairro Feliz”, de Max Nunes e Haroldo Barbosa, mas já era conhecida internacionalmente: passara um período atuando na Argentina e em Portugal.
A partir de então, participou dos principais humorísticos na emissora, como “Riso Sinal Aberto” (1966), “Balança Mas Não Cai” (1968), “Faça Humor, Não Faça Guerra” (1970), “Satiricom” (1973), “Planeta dos Homens” (1976), “Escolinha do Professor Raimundo” (1990), “Zorra Total” (1999) e “A Grande Família” (2012)
Na dramaturgia, estreou ao lado de Ary Fontoura em “Amor com Amor se Paga” (1984), de Ivani Ribeiro. Participou ainda de novelas marcantes como “Cambalacho” (1986), “Cama de Gato” (2010), a segunda versão de “Ti-Ti-Ti” (2011), “Cordel Encantado” (2011) e “A Dona do Pedaço” (2019).
Batizada como Basza Ajs, ela nasceu em Varsóvia no dia 23 de março de 1926, e adotou o nome de Berta quando chegou ao Brasil, aos 9 anos. Seu pai, José Ajs, era alfaiate, ator e se apresentava frequentemente para a comunidade judaica no Brasil, sempre que possível levando Berta aos espetáculos.
Berta Loran atuou no humor por mais de 70 anos e deu vida a mais de 2 mil personagens, entre TV e teatro. Seguia a filosofia de que o humor é um dom: ou o artista tem, ou não tem. Nasce com isso e, para seguir em frente, precisa saber medir o tempo da fala. E, principalmente, nunca rir durante uma piada, porque “perde a graça”.