A Câmara de Dirigentes Lojistas de Araranguá (CDL) anunciou posição contrária ao possível aumento das tarifas de pedágio no Trecho Sul da BR-101, proposta que vem sendo discutida diante da necessidade de financiamento da obra do túnel no Morro dos Cavalos, na região de Palhoça. A entidade declarou apoio formal à mobilização liderada pela Associação Empresarial de Araranguá (ACIVA), que também critica a transferência dos custos para motoristas e empresas situados longe da área beneficiada.
Segundo a CDL, a região do Extremo Sul já enfrenta desafios logísticos significativos e não pode arcar com um reajuste considerado desproporcional. Para a entidade, elevar o valor das tarifas impactaria diretamente o custo de vida, a competitividade do setor produtivo, o turismo e o desenvolvimento econômico regional, penalizando municípios com menor capacidade financeira.
A instituição afirma não ser contrária à obra no Morro dos Cavalos, considerada importante para Santa Catarina, mas discorda que seu financiamento recaia sobre usuários que não têm relação direta com o trecho onde o túnel será construído.
Pontos defendidos pela CDL Araranguá
A entidade elenca três diretrizes principais para a discussão sobre o tema:
- Atuação contra qualquer aumento nas tarifas de pedágio do Trecho Sul, garantindo justiça tarifária e equilíbrio econômico.
- Defesa da ampliação do prazo de concessão da operadora da BR-101, como alternativa para viabilizar o investimento sem repasses ao Extremo Sul.
- Caso haja reajuste inevitável, que ele seja restrito à praça de Paulo Lopes/Palhoça, diretamente vinculada à obra.
A CDL reforça que acompanhará os debates junto aos órgãos competentes e seguirá unida às demais entidades do Extremo Sul para evitar que custos alheios à região comprometam sua competitividade.
Reação empresarial já repercute na região
A discussão ganhou força após empresários da região manifestarem preocupação com estimativas de que a tarifa atual — hoje em R$ 2,40 por praça — possa chegar a R$ 5 ou até R$ 8 caso a obra seja custeada via pedágio. A ACIVA argumenta que municípios mais pobres, como Maracajá e Passo de Torres, seriam os mais prejudicados, pois dependem diariamente da BR-101 para deslocamentos essenciais.
A instituição também defende que, caso não haja financiamento público, a Arteris — concessionária responsável pelo trecho onde está o Morro dos Cavalos — arque com os custos por meio de prorrogação contratual ou reajuste tarifário apenas no trecho Norte.
O debate segue em andamento, com expectativa de novas reuniões e posicionamentos de entidades regionais, do setor produtivo e de órgãos federais responsáveis pela concessão.
FIQUE BEM INFORMADO:
Fique por dentro do que acontece em Santa Catarina!
Entre agora no nosso canal no WhatsApp e receba as principais notícias direto no seu celular.
👉 Clique aqui e acompanhe.