Cometa interestelar 3I/ATLAS passa pela Terra nesta sexta-feira (19)

Objeto vindo de fora do Sistema Solar será observado pela Nasa a 270 milhões de quilômetros do planeta, sem risco de colisão.

Redação

Publicado em: 17 de dezembro de 2025

5 min.
Cometa interestelar 3IATLAS passa pela Terra nesta sexta-feira (19). - Foto: Observatório Internacional Gemini/ NOIRLab /NSF/AURA/B

Cometa interestelar 3IATLAS passa pela Terra nesta sexta-feira (19). - Foto: Observatório Internacional Gemini/ NOIRLab /NSF/AURA/B

O cometa interestelar 3I/ATLAS fará sua maior aproximação da Terra nesta sexta-feira (19), a uma distância de cerca de 270 milhões de quilômetros. Segundo a Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa), não há qualquer risco de colisão com o planeta, e o fenômeno representa um marco científico por envolver apenas o terceiro objeto interestelar já identificado atravessando o Sistema Solar.

Descoberto em 1º de julho de 2025 pelo telescópio ATLAS, no Chile, o 3I/ATLAS chamou a atenção da comunidade científica por apresentar uma órbita hiperbólica — característica que confirma sua origem fora do Sistema Solar. O cometa já passou pelo periélio, ponto mais próximo do Sol, em 29 de outubro, quando esteve a cerca de 210 milhões de quilômetros da estrela.

Agora em trajetória de saída, o corpo celeste oferece uma das últimas oportunidades de observação antes de seguir definitivamente para o espaço interestelar.

Quando ocorre a maior aproximação da Terra

De acordo com a Nasa, o momento de maior proximidade do 3I/ATLAS com a Terra ocorre em 19 de dezembro. Apesar da grande distância, essa passagem é considerada a melhor janela para observações detalhadas a partir de telescópios espaciais e terrestres.

Após essa data, o cometa continuará se afastando e não voltará a cruzar o Sistema Solar.

Estrutura e composição do cometa

Análises preliminares indicam que o núcleo do 3I/ATLAS possui entre 440 metros e 5,6 quilômetros de diâmetro. O objeto é envolto por uma coma alongada em formato de gota, registrada em imagens de alta resolução captadas pelo Telescópio Espacial Hubble.

Estudos conduzidos com o James Webb Space Telescope (JWST) apontam a presença de gases e poeira semelhantes aos observados em cometas do Sistema Solar. No entanto, variações químicas sugerem que o 3I/ATLAS se formou em um ambiente cósmico diferente do nosso.

Até hoje, apenas três objetos interestelares foram confirmados: ‘Oumuamua, em 2017; 2I/Borisov, em 2019; e agora o 3I/ATLAS.

Tecnologias da Nasa mobilizadas

O monitoramento do cometa envolve uma ampla rede de observação. O JWST realiza análises químicas por espectroscopia infravermelha, enquanto o observatório SPHEREx coleta dados sobre gases e poeira presentes na coma.

Outras missões também contribuíram com registros, como as sondas Lucy e Psyche. Em Marte, o Mars Reconnaissance Orbiter e o rover Perseverance observaram o cometa a partir da órbita e da superfície do planeta vermelho.

Já as sondas SOHO e Parker Solar Probe acompanham a interação do 3I/ATLAS com o vento solar, fornecendo informações sobre sua dinâmica e comportamento.

Para a Nasa, o cometa funciona como um verdadeiro laboratório natural, permitindo avanços no entendimento sobre a formação e a evolução de sistemas planetários em diferentes regiões da Via Láctea.


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