Costureiras Voluntárias de Tubarão encerram ano com confraternização especial

Criado há 29 anos, o grupo reúne atualmente mais de 100 mulheres que se encontram semanalmente em cinco paróquias de Tubarão.

Eduardo Fogaça

Publicado em: 16 de dezembro de 2025

5 min.
Costureiras Voluntárias de Tubarão encerram ano com confraternização especial. Foto: Matheus Machado/Rádio Cidade

Costureiras Voluntárias de Tubarão encerram ano com confraternização especial. Foto: Matheus Machado/Rádio Cidade

Na última semana, mais de 60 mulheres integrantes das Costureiras Voluntárias de Tubarão participaram de uma confraternização especial para marcar o encerramento das atividades de 2024. O encontro celebrou a união, a solidariedade e o trabalho voluntário desenvolvido há quase três décadas no município.

Criado há 29 anos, o grupo reúne atualmente mais de 100 mulheres que se encontram semanalmente em cinco paróquias de Tubarão. O trabalho é totalmente voluntário e voltado à confecção de enxovais para bebês e roupas destinadas a crianças em situação de vulnerabilidade social.

Origem marcada pela solidariedade

A iniciativa nasceu a partir da atuação da Irmã Léia, religiosa muito conhecida em Tubarão pela proximidade com a comunidade e pelo compromisso com ações solidárias. Desde então, o projeto se mantém ativo graças ao empenho contínuo das voluntárias, muitas delas presentes desde a fundação.

Livro eterniza a história do grupo

A trajetória da religiosa e das costureiras foi eternizada no livro “A Wilma das Montanhas”, da autora Rose Bitencur, lançado em 2025. A escritora participou da confraternização e destacou a emoção de estar junto ao grupo que ajudou a inspirar a obra.

Segundo Rose, cada encontro com as voluntárias remete à essência da Irmã Léia, marcada pela simplicidade, humildade e pelo trabalho silencioso que transforma vidas. Ela também ressaltou o compromisso de mulheres que, mesmo com limitações da idade, seguem ativas no voluntariado, muitas delas com mais de 20 ou 30 anos de dedicação ao projeto.

Durante o evento, Rose informou ainda que já foi aprovada, por unanimidade, uma moção de cumprimento em homenagem à obra A Wilma das Montanhas e às Costureiras Voluntárias de Tubarão. A entrega oficial da homenagem deve ocorrer no início de 2025.

Depoimento de quem vive o voluntariado desde o início

A confraternização também reuniu histórias de quem ajudou a construir o projeto desde os primeiros anos. É o caso de Maria de Lourdes, voluntária há 29 anos e ex-coordenadora do grupo da Paróquia do Morrotes.

Ela conta que conheceu as costureiras por meio de uma amiga e, desde então, nunca mais deixou o trabalho voluntário. Para Maria de Lourdes, o encontro semanal é um compromisso inadiável. “É uma família”, resume.

Trabalho mantido por doações

Todo o material utilizado pelas costureiras vem de doações. Retalhos, linhas e aviamentos são os itens mais comuns, enquanto tecidos maiores costumam ser adquiridos pelas próprias voluntárias, por meio de contribuições mensais, campanhas entre familiares e pequenas vaquinhas organizadas pelos grupos.

Mesmo sem recursos financeiros fixos, o projeto segue ativo, transformando pequenos retalhos em gestos concretos de cuidado e solidariedade, que fazem a diferença na vida de muitas crianças em Tubarão.


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