Você costuma dar duas voltas na chave ao trancar a porta? Esse simples hábito pode fazer toda a diferença quando o assunto é segurança residencial. Especialistas em mecânica e segurança explicam que girar a chave duas vezes garante um travamento mais profundo e resistente, dificultando a ação de criminosos e reduzindo o risco de arrombamentos.
Em grande parte das fechaduras de embutir, a primeira volta da chave faz com que o ferrolho (ou lingueta) entre parcialmente no batente da porta — o suficiente para mantê-la fechada, mas não completamente travada.
Já a segunda volta aprofunda o ferrolho até o fim da cavidade metálica, bloqueando o mecanismo de abertura e impedindo que ele seja empurrado ou forçado com ferramentas, como alavancas ou chaves de fenda.
Na prática, a segunda volta aumenta o curso da trava, criando mais pontos de resistência e reduzindo o espaço interno para movimentação do mecanismo. Isso dificulta o arrombamento e exige muito mais força e tempo para romper a fechadura — fatores que desestimulam invasores.
Fechaduras modernas e sistemas de múltiplos pontos
Nos modelos mais modernos, especialmente em portas blindadas ou de segurança reforçada, o sistema de múltiplos pontos de travamento (superior, inferior e lateral) só é totalmente ativado na segunda volta da chave.
Ou seja, quem gira apenas uma vez não está aproveitando toda a proteção que o equipamento oferece.
Esses mecanismos distribuem o travamento em três ou mais direções, tornando a abertura forçada praticamente inviável sem o uso de ferramentas pesadas — e, portanto, mais barulhentas.
Cuidados adicionais com a segurança
Embora o número de voltas na chave seja importante, especialistas alertam que ele deve ser complementado por outras medidas de segurança doméstica, como:
- Manter as chaves sob controle, evitando deixá-las em locais de fácil acesso, como debaixo de tapetes ou vasos;
- Instalar fechaduras de qualidade certificada, com sistemas anti-gazua e proteção contra perfuração;
- Usar travas auxiliares, como ferrolhos internos ou trancas de corrente, para reforçar o fechamento;
- Adotar fechaduras eletrônicas, com senha, cartão ou biometria, em áreas mais vulneráveis;
- Manter boa iluminação na entrada e nas áreas externas da residência.
De acordo com técnicos em segurança patrimonial, pequenos hábitos diários — como girar a chave duas vezes — podem reduzir significativamente as chances de violação, pois dificultam o acesso rápido e aumentam o tempo de exposição do criminoso.
Esse tipo de reforço não depende de tecnologia avançada nem de alto investimento, apenas de consciência e rotina.
A segunda volta completa o travamento mecânico e coloca o ferrolho em sua posição mais segura, garantindo que a porta não seja facilmente destravada por impacto ou pressão.
Portanto, antes de sair de casa ou dormir, lembre-se: gire a chave duas vezes.
Um gesto simples, que pode proteger seu lar e sua família.
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