A Diamante Energia, a Núcleo Brasil Energia (NBEPar) e a Terminus participaram da World Nuclear Exhibition (WNE 2025), em Paris, principal feira internacional dedicada à energia nuclear civil. No evento, as empresas apresentaram o projeto do microrreator nuclear que está sendo desenvolvido pela Terminus, controlada da NBEPar, com foco em geração de energia limpa, segura e de baixo custo.
O microrreator é uma tecnologia compacta e modular, projetada para gerar energia elétrica de forma descentralizada, com menor impacto ambiental e maior flexibilidade operacional. Segundo o grupo, o projeto prevê unidades com potência de 5 MW, totalmente seladas em contêineres de 40 pés, com previsão de operação entre oito e dez anos.
As primeiras etapas serão conduzidas no Instituto de Energia Nuclear (IEN), no Rio de Janeiro, e na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte. O desenvolvimento do projeto conta com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e reúne nove instituições científicas e tecnológicas de três regiões do país — Nordeste, Sudeste e Sul.
Inovação e desenvolvimento nacional
De acordo com a empresa, a iniciativa é inédita no Brasil e busca impulsionar a geração distribuída de energia e a estabilização de microrredes com fontes renováveis. O projeto também inclui a produção de novas ligas metálicas com materiais estratégicos nacionais, como urânio, berílio e nióbio, além do uso de técnicas de manufatura aditiva (impressão 3D).
Segurança e capacitação técnica
O Brasil já possui arcabouço regulatório e capacidade industrial para projetar e operar microrreatores nucleares. Durante o desenvolvimento do projeto, serão realizados experimentos e relatórios técnicos para demonstrar a viabilidade e a segurança da tecnologia à Autoridade Nacional Nuclear.
Energia para regiões remotas
A proposta prevê ainda o estudo de aplicação dos microrreatores em pequenos municípios — com menos de 20 mil habitantes — e áreas isoladas, que representam cerca de 68% das cidades brasileiras. O objetivo é garantir fornecimento contínuo, seguro e sustentável de energia, contribuindo para uma transição energética justa e de baixo impacto ambiental.
Participação brasileira inédita
Esta foi a primeira vez que o Brasil contou com um estande próprio na WNE. A delegação, coordenada pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDan), reuniu representantes da Diamante Energia, das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), da Amazul e da Atech — empresa do grupo Embraer —, reforçando o potencial do país no setor nuclear global.
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