Representantes das principais entidades do transporte de cargas de Santa Catarina afirmam que não há qualquer confirmação oficial sobre uma paralisação nacional de caminhoneiros prevista para quinta-feira (4). A movimentação, que circula nas redes sociais, tem sido atribuída a grupos independentes.
O que dizem as entidades oficiais
O vice-presidente da Fetrancesc, Riberto Lima, informou que nenhuma entidade formal do setor recebeu comunicado sobre paralisação. Segundo ele, Fetrancesc, Cetran Tubarão, ANTC (Associação Nacional do Transporte de Cargas) e CNT (Confederação Nacional do Transporte) desconhecem qualquer articulação oficial.
Lima destacou que as entidades seguem exclusivamente os trâmites legais para reivindicações e não promovem paralisações que contrariem a legislação. “Como sindicatos oficializados, temos responsabilidade jurídica e podemos sofrer penalizações, inclusive cassação de registro. Por isso, atuamos junto ao Congresso, ao Ministério dos Transportes, à ANTT e demais órgãos competentes”, afirmou.
Movimento ocorre fora das entidades oficiais
A possível paralisação que circula na internet estaria sendo articulada por caminhoneiros autônomos. De acordo com Lima, não há como confirmar a mobilização, uma vez que ela não envolve os sindicatos representativos e costuma surgir de forma espontânea nas redes.
O dirigente ainda avaliou que não há sinais de que o movimento tenha força semelhante à greve de 2018, quando o país enfrentou dez dias de bloqueios, desabastecimento e impacto econômico generalizado.
Reivindicações divulgadas pelos grupos mobilizados
Embora não haja coordenação formal, as pautas compartilhadas por caminhoneiros incluem:
- estabilidade contratual para transportadores autônomos;
- cumprimento integral da legislação do setor;
- reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas;
- aposentadoria especial após 25 anos de atividade comprovada.
Representantes da categoria afirmam que a mobilização não tem vínculo político, apesar de tentativas recentes de associar protestos à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Contexto: a greve de 2018
A paralisação nacional registrada em 2018 permanece como principal referência para o setor. Naquele ano, caminhoneiros protestaram contra os sucessivos aumentos no preço do diesel. A ação paralisou estradas, interrompeu o abastecimento e só terminou após o governo federal acatar parte das reivindicações.
Até o momento, porém, não há indícios oficiais de que o cenário atual siga a mesma dimensão ou organização.
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