A Prefeitura de Florianópolis abriu uma sindicância para apurar a conduta do Conselho Tutelar e de outros órgãos municipais envolvidos na rede de proteção à criança e ao adolescente. A decisão foi tomada após indícios de omissão em um caso de supostas agressões contra uma criança atendida pela rede pública de saúde da capital catarinense.Segundo informações preliminares da administração municipal, o Conselho Tutelar teria tido conhecimento da situação desde maio — período em que a criança esteve internada —, mas não teria comunicado o caso à prefeitura, nem acionado os serviços especializados disponíveis na rede municipal de proteção.O objetivo da sindicância é verificar possíveis falhas no fluxo de atendimento e identificar eventuais responsabilidades. O procedimento interno tem prazo de 60 dias para ser concluído.A Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis informou que colabora com as investigações e reforça a importância da articulação entre os órgãos de proteção à infância. A cidade possui um protocolo intersetorial que prevê o acionamento imediato da rede de apoio em casos de violência ou negligência contra menores, incluindo centros de referência especializados, unidades de saúde e conselhos tutelares.Até o momento, o Conselho Tutelar não se manifestou oficialmente sobre as acusações. A reportagem seguirá acompanhando os desdobramentos da sindicância.