O grupo terrorista Hamas afirmou nesta sexta-feira (3) que aceita liberar todos os reféns israelenses, vivos ou mortos, dentro dos termos da proposta de cessar-fogo apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O anúncio ocorreu horas após Trump impor um ultimato, dando prazo até domingo (5) para o grupo aceitar o acordo, sob pena de enfrentar o que chamou de um “inferno total”.
Apesar da sinalização, o Hamas não confirmou adesão integral ao plano americano, mas declarou disposição em iniciar negociações imediatas para discutir os pontos da proposta.
O que prevê a proposta dos EUA
Apresentado pela Casa Branca na segunda-feira (29), o plano de 20 pontos prevê:
- Entrega de todos os reféns mantidos pelo Hamas desde 7 de outubro de 2023;
- Anistia a integrantes do grupo que entregarem armas e aceitarem conviver pacificamente com Israel;
- Criação de uma administração provisória em Gaza, formada por tecnocratas palestinos e supervisionada por um novo órgão internacional, o Conselho da Paz, presidido por Trump;
- Liberação de quase 2 mil prisioneiros palestinos por Israel;
- Distribuição de ajuda humanitária coordenada pela ONU e pelo Crescente Vermelho;
- Gaza como território livre de grupos armados.
O plano é vago sobre a criação do Estado da Palestina, mas sugere que a medida pode ser discutida em etapas futuras.
Reação do Hamas e da comunidade internacional
Em comunicado, o Hamas disse que aceita entregar o governo da Faixa de Gaza a um órgão independente, “com base no consenso nacional palestino e no apoio árabe e islâmico”.
O grupo, no entanto, afirmou que outras questões — como o futuro do território e os direitos dos palestinos — precisarão ser discutidas em um quadro nacional mais amplo.
A proposta recebeu apoio de países europeus, da Autoridade Palestina e também do Brasil. Já moradores da Faixa de Gaza expressaram temor de que o acordo não traga resultados imediatos e possa agravar a situação humanitária.
Israel e o ultimato de Trump
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou apoio ao plano, mas reforçou que não aceitará a criação de um Estado palestino. Ele também disse que a ofensiva militar em Gaza continuará caso o Hamas não assine o acordo.
Em mensagem publicada na rede Truth Social, Trump afirmou que o plano é a “última chance” de sobrevivência para os militantes. “Libertem os reféns agora! Se o acordo não for firmado até domingo, um inferno como ninguém jamais viu antes se abaterá sobre o Hamas”, escreveu.
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